sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O eixo VII na UFRGS

No eixo VII cursamos as seguintes interdisciplinas: Seminário Integrador, Didática, Planejamento e Avaliação, Linguagem e Educação, Educação de Jovens e Adultos no Brasil e Educação e LIBRAS.

Seminário Integrador- Continua com os estudos dos Projetos de Aprendizagens que estavam em andamento no último semestre desta vez solicitando um resumo de cada texto postado e que as pesquisas acontecessem em diferentes fontes. Apósa conclusão da pesquisa primeiro fizemos um mapa conceitual individual para depois elaborarmos um único mapa do grupo. Passamos então para a construção de tese dos PAS. Após a leitura de dois textos deveriamos ler algumas afirmações sobre os PAS em uma tabela e concordar, discordar ou não sei decidir e argumentar esta escolha.
Criamos também uma proposta de arquitetura pedagógica em grupo com a devida justificativa. A interdisciplina continuou com o acompanhamento das postagens do blog, desta vez com as regras mais claras. Só então percebi a importância de dialogar com as tutoras quando questionada, eu tomava os questionamentos como reflexão pessoal.

Didática, planejamento e avaliação: Foi uma interdisciplina de apoio para tudo o que se relaciona a aplicação prática em sala de aula. Nos estudos sobre planejamento vimos que ainda precisamos pensar nos planos de trabalho e de estudos as ações para um determinado ano e para uma determinada série logo no início do ano letivo., acarretando muita burocracia. Um planejamento deve ser constituido de alguns elementos básicos: Contextualização, Eixo integrador,u Justificativa, Objetivos, Conteúdos, Estratégias, Recursos e Avaliação. Passamos pela leitura sobre as origens do currículo integrado e fragmentação do currículo. Estudamos sobre os desafios do trabalho com projetos, percebendo que qualquer tema pode ser estudado e que favorece a autonomia dos educandos podendo ser aplicado em qualquer série. Conhecemos a proposta de temas geradores de Paulo Freire como forma de pensar na identidade do aluno adulto, trabalhar conteúdos sem que estes sejam a verdade absoluta, estabelecer as relações entre a aprendizagem da escola e a da vida, enfim alfabetizar e letrar considerando as diferentes culturas. Fizemos um planejamento de aula em conjunto com Linguagem e Educação e depois uma reflexão sobre este plano. E por último estudamos sobre os principais aspectos envolvidos na avaliação e a questão ética do professor perante este tema.

Educação de Jovens e Adultos no Brasil - De todas as interdisciplinas esta foi a única que eu aprendi através do curso, pois nunca trabalhei com a EJA. Conhecemos o parecer CEB nº 11/2000 que estabelece a as Diretrizes Curriculares Nacionais da EJA, as características dos jovens e adultos que voltam a estudar: identidade, linguagem e pensamento, suas dificuldades na sala e no cotidiano de suas vidas. Pesquisamos com professores da EJA e com base no referencial teórico fizemos um poster sobre Realidades e Contextos da Educação de Jovens e adultos. Além de conhecer a proposta de Paulo Freire para este grupo tão específico.

Educação e LIBRAS- Conhecemos a história dos surdos. Aprendemos que os surdos pertencem a uma comunidade, um grupo cultural específico, em que a comunicação acontece através do visual e pela língua de sinais. As propostas de ensino devem adequar-se para a realidade dos alunos surdos. Desta forma é preciso um modelo educacional que considere a cultura, a língua e a identidade do sujeito surdo. O ouvinte estrutura de acordo com a sua visão de mundo: comunicar-se com as palavras, ainda que o oralismo puro como modelo educacional tenha resultado em fracasso.

Linguagem e Educação - Fizemos leituras que reportaram a interdisciplina de fundamentos da alfabetização. Aprofundamos os estudos sobre alfabetização e letramento. As práticas de leitura, escrita e oralidade no contexto social. Coesão e coêrencia em textos escritos iniciais. Construimos um plano de aula ao longo das leituras e sempre que apareciam novas questões deveriam ser contemplados no nosso plano. Foi um repensar sobre o conceito de linguagem, que é sitematizado na escola através do planejamento significando o uso da língua oral e escrita bem como a sua função social.

Neste semestre marca a questão cultural que produz diferentes linguagens.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O eixo VI na UFRGS

PORTFÓLIO DE APRENDIZAGENS No eixo VI cursamos as seguintes interdisciplinas: Seminário Integrador VI, Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia II, Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, Filosofia da Educação, Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História.
Seminário Integrador VI, faz os acompanhamentos das postagens do blog e também começa a reestruturar a elaboração dos projetos de aprendizagens. Repensamos o projeto a luz de novas leituras, pensando nas perguntas que podem gerar um projeto de aprendizagem. Os grupos de PAS se movimentaram para continuar ou começar um projeto de aprendizagem. Assim elaboramos no meu grupo a pergunta geradora Por quê as pessoas têm animais de estimação? Cada grupo avaliou outro, dando sugestões sobre a pergunta. Iniciaram os levantamentos de dúvidas temporárias e certezas provisórias, partindo para um mapa conceitual, planejamento de pesquisa e coleta de dados.
Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia II, esteve totalmente voltada para as questões que envolve professor-aluno ou seja a aprendizagem, a abordagem do construtivismo na sala de aula. Também estudamos os estágios de desenvolvimento, além de um trabalho de observação de uma criança para aplicar as teorias. Precisamos fazer um relato de uma situação de conflito para analisar o desenvolvimento moral dos alunos conforme a faixa etária.
Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais: Com esta interdisciplina, conhecemos os aspectos legais dos alunos com NEE, um pouco da história da inclusão na sociedade e na escola das pessoas com dificiência. Fizemos leitura sobre autismo, deficiência mental e outros disturbios. Construimos ao longo do semestre um dossiê, no qual relatamos a experiência profissional, a inclusão na escola de trabalho, o funcionamento do serviço especilaizado no município, além de um estudo de caso. Pesquisamos quantos alunos de inclusão na escola são atendidos pelo serviço especializado.
Filosofia da Educação começa com o estudo da formalização dos argumentos. Após a leitura do Dilema do antropólogo francês, tivemos que fazer argumentação e contra-argumentação num fórum tomando posição a favor ou contra a atitude do antropólogo nos grupos. Assistimos também ao filme O Clube do Imperador, cuja história mexe com os nossos sentimentos de ser professor. Envolve as questões éticas, pessoais e profissionais que rege o ofício de professor. Passamos também pelas envolventes leituras de Kant e de Adorno, pensando no que gera a cegueira coletiva e que para a educação é importante que o holocausto nunca mais se repita.
Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História, PORTFÓLIO DE APRENDIZAGENScomeça nos trazendo uma reflexão sobre : Como me vejo, Como os outros me veem e Eu e os outros. Pensar sobre a própria anscenstralidade e depois começar a pensar nos alunos. As leitura tentaram nos trazer o olhar atento a questão racial na escola, sobretudo ao aluno negro. Refletir para tomada de ações já que a escola silencia a esta questão. Também desfaz a caricatura do que é ser índio. Trazendo através de leituras, um pouco da história dos povos índígenas e as diferentes culturas de cada um, refazendo conceitos desfazendo preconceitos.
Neste semestre é possível observar que o espaço escolar está inserido numa grande diversidade, quer por diferenças étnicas, culturais ou por necessidades educacionais especiais
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domingo, 17 de outubro de 2010

O eixo V na UFRGS

No eixo V, em 2008/2 tivemos as seguintes interdisciplinas Projeto Pedagógico em ação, Organização e Gestão da Educação, Psicologia da Vida Adulta, Organização do Ensino Fundamental além do Seminário Integrador V.
Na interdisciplina de Organização e Gestão da Educação vimos a escola como instituição pública que existe refletindo o momento sócio-político na qual está inserida. Os vários momentos da sociedade brasileira trazidos nas constituições, também tiveram suas implicações diretas nos sistemas de ensino. Enquanto fazíamos a linha de tempo das constituições percebemos claramente o papel da escola em tempos e espaços diferentes. Tanto a constituição de 1934, quanto a de 1937 demonstram a diferença de ensino dos pobres e dos ricos. Na de 1946 já se fala do direito a todos á educação e até de profissionais admitidos por concurso entretanto com o golpe militar em 1964 e a implantação do regime militar a educação tinhas as decisões de cima para baixo, sem participação da sociedade. Com a abertura democrática do país Estado, a partir do início da década de oitenta, sociedade e escola começam a redefinir seus papéis.
Ao mesmo tempo Organização do Ensino Fundamental levanta as questões da gestão democrática, conforme a lei nº 9.394 , assegurando a participação de toda a comunidade escolar no projeto político-pedagógico e vendo a concretização deste projeto na elaboração do Regimento Escolar. É claro que esta participação de toda a comunidade escolar nas decisões da escola é ainda muito novo, pois faz parte de uma outra história traçada por uma gestão democrática, onde cada indivíduo precisa aprender a exercer a sua cidadania. Uma gestão democrática é feita de transparência, de acesso a comunidade das decisões da escola, de controle social, de discussão e consenso. Deve debater e recriar suas propostas, pois tem autonomia para isso, mas ao mesmo tempo deve cumprir as diretrizes curriculares. Nesta perspectiva democrática do direito de todos á educação houve uma ampliação do acesso da população para a escola que acabou por massificar o ensino.
Uma das primeiras atividades que realizamos na interdisciplina de Psicologia da vida adulta, foi construir um texto coletivo falando do que é ser adulto Muitas palavras se repetiram: responsabilidade, estabilidade emocional, independência financeira, responder pelos seus atos entre outras. A aprendizagem do adulto, não se dá através de respostas pré-elaboradas, mas no entendimento da aplicação na vida real. Entrar na vida adulta também deveria ser um momento de abandono progressivo do egocentrismo para dar entrada na descentração. Na prática não é bem assim que acontece, pois o egocentrismo está presente em todas as idades.Existe dificuldades para os professores que trabalham com alunos do EJA, pois embora sendo ambos adultos a maneira do professor e do aluno pensar são diferentes, gerando conflitos na defesa de pontos de vista. Igualmente o convívio entre colegas de trabalho, por vezes torna-se tenso, pela impossibilidade de um aceitar o ponto de vista do outro. Realizamos um projeto onde fizemos um questionário com pessoas adultas, no qual reponderam sobre seus comportamentos em diferentes situações de quando eram jovens e hoje na idade adulta.

Seminário Integrador V e Projeto Pedagógico em Ação, caminharam lado a lado durante este semestre. Iniciamos com um fórum discutindo as dúvidas e aspectos importantes sobre os Projetos de Aprendizagem. Partimos então para um projeto em grupo onde tentávamos responder a pergunta Por quê os olhos têm cores diferentes? Tivemos muitas dúvidas, mas pouco a pouco fomos nos organizando, trocando informações e a interação com o grupo foi maravilhosa. Os projetos quebram as regras do convencional, partem de um tema de interesse, parece que não se sabe o que fazer, mas ao mesmo tempo coloca o professor como um grande mediador e a escola um espaço de aprendizagem tanto para aluno quanto para o professor.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O eixo IV na UFRGS

No eixo IV, estudamos as interdisciplinas Representação do Mundo pela Matemática, Representação do Mundo pelas Ciências Naturais Representação do Mundo pelos Estudos Sociais além de Seminário Integrador IV. Foi um semestre que se caracterizou pela aplicação de teoria e prática em sala de aula.
Seminário integrador pediu uma atividade chamada plano individual, visando desenvolver a autonomia discente. Neste ano estava como professora de projeto de artes, meio ambiente e ensino religioso e fiz um plano individual aliando o ensino da arte, ao meio ambiente. Foi possível um estudo sobre Monet, já que retratava a natureza em épocas diferentes do ano, agregando conhecimentos do semestre anterior em artes visuais, postei no blog o resultado das aulas mais significativas.
As leituras de Estudos Sociais e sua aplicação na prática enriqueceram meus conhecimentos comecei a notar como eu estava pensando em grupos sociais, comunidade, classes sociais á medida que trabalhava com os alunos. Fui também aprendendo como se dá as construções de tempo e espaço para a criança, a idéia de simultaneidade. Pude trabalhar melhor estas questões com os alunos a partir do momento que eu as compreendi melhor. O material produzido com os alunos, não foi um simples livrinho de suas vidas, foi resultado de pesquisa de fontes orais e escrita, de discussão em grupo, de comparação, de busca de suas origens. Contemplou presente, passado e futuro.
Com as leituras e atividades desenvolvidas na matemática, refleti sobre as questões de espaço e forma, o que lemos e aplicamos está de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, entretanto está ausente dos planos de estudos da escola. Tenho procurado, na medida do possível, trabalhar nas aulas de artes estas questões, através das observações de formas, quebra-cabeças, liga-pontos. Também aprendi como trabalhar gráfico e mapas nas séries iniciais. Destaco também a leitura sobre problemas não-convencionais, na verdade os descobri quando oportunizei aos meus alunos criarem histórias matemáticas, em alguns casos elas não tinham solução, agora sei que também é válido trabalhar com estas histórias e que tem até um nome.
Ciências me trouxe uma visão crítica das verdades dos livros e da posição do homem na natureza, além de demonstrar que temos as concepções de natureza daquilo que vemos nos livros. A natureza passiva, pronta para servir o ser humano. Mas principalmente que as verdades científicas não são absolutas. Elas podem ser aceita em um determinado tempo e espaço mas que existe uma relação de poder envolvida nos processos de divulgação dos conhecimentos científicos. O livro de ciências antes parecia sempre certo, agora já repenso, será que é isso mesmo?


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O terceiro semestre na UFRGS

No eixo 3 cursamos Artes Visuais, Literatura, Ludicidade e Educação, Música na Escola, Teatro e Educação além do seminário integrador III.
As leituras do bloco 1 em artes visuais, levou-me a compreensão de como ensino de artes foi se desenvolvendo no Brasil mostrando as várias tendências: ensino tradicional, Escola Tecnicista, Escola Nova e a Proposta Triangular. Esta última enfoca de forma integrada o fazer artístico, a análise de obras e objetos de arte e a história da arte. A própria LDB 9394/96 contempla a arte como componente curricular obrigatório. A arte nesta concepção toma novos enfoques no seu ensino, com a exposição á arte, á pesquisa, á formação do apreciador da arte. Isto me fez refletir bastante sobre a forma de ensinar a arte nas escolas. Estamos ainda apegados as tendências tecnicistas e a livre expressão da Escola Nova. Embora tenha uma professora específica para artes, quis inovar e aplicar os conhecimentos adquiridos com minhas leituras. O resultado foi maravilhosos pois fizeram uma releitura da Mona Lisa. Através destas leitura e de muitas outras que fiz tenho encontrado as respostas de como possiblitar a vivência com a arte a fim de compreender as suas linguagens.
Desde a nossa primeira aula presencial onde fomos desafiadas a criar música em cima de uma poesia, comecei a ficar cada vez mais curiosa em relação ao estudo da música. O que e como fazer. E a as descobertas foram avançandos. Minhas preferências musicais, o que é vendido nas lojas de CD"s, a música na minha cidade, preferências musicais dos meus alunos, mídia e música e finalmente como trabalhar música brasileira de qualidade com as crianças. E cada vez mais eu entendia o porquê de determinadas atividades e ia descobrindo o que fazer com meus alunos. Descobri porque se ouve tanta porcaria, mas também elaborei um projeto sobre Pixinguinha.
Na literatura após as leituras que fiz de Celso Cisto e Fanny Abramovich, resolvi pegar uma mesma história que li no ano passado para fazer contação.Observo os passos de entonação de voz, não pedi nenhum trabalho, mas despertei o gosto pela leitura nos alunos.
Com a interdisciplina de ludicidade percebo com as leituras a diferença entre brinquedo, jogo e brincadeira. Acima de tudo enfatizando que tudo aquilo que dá prazer ao brincante é essencialmente lúdico. E como lúdico, tudo o que é livre de pressões e avaliações, entregar-se a atividade despreocupadamente. Lembrei também durante o encontro presencial que a professora Tânia Fortuna falou que muitas vezes na escola ao proporcionarmos uma brincadeira sem objetivo pedagógico, carregamos uma culpa pois temos tantas coisas a fazer com os alunos.
Teatro e educação desfez a ideia daquela coisa certa de texto decorado e priviligiou a expressão do corpo, foi ótimo associar encenação com contação de história, é uma grande atividade de lúdico presente. Neste semestre iniciou o laboratório de informática na escola sem internet. Começo a fazer uso de alguns recursos como a máquina digital , power pont para uso com os alunos.
Seminário Integrador começa o trabalho sobre argumentação e evidências e solicita a criação do blog individual para registro das aprendizagens.


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O segundo semestre

Em 2007/1 tem início o segundo semestre do PEAD da UFRGS. Ainda não sabia direito o que esperar, mas ainda me sentia insegura em relação ao uso da tecnologia. A interdisciplina Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia, começa com um filme "Freud além da alma". Depois disso fizemos uma trilha psicanalítica, conhecemos um pouco de Freud e os conceitos de id, ego e superego e ao mesmo tempo vendo como isso ocorre na sala de aula e na relação aluno-professor. Entraram as questões do limite, relações familiares. Ao mesmo tempo percebo que enquanto professora ao desenvolver as atividades cognitivas estou trabalhando com o ego do aluno, pois ele está relacionado ao controle motor, a percepção sensorial, ao meio ambiente e aos aspectos relacionados a memória. Conhecemos as fases de desenvolvimento: oral, anal, fálica e latência. e suas implicações na vida adulta. Começamos os estudos das teorias de aprendizagem, epistemologia genética, vendo as relações delas com a interdisciplina de fundamentos da alfabetização.Levantamos a discussão sobre o que é letramento, diferenciando de alfabetização e métodos de alfabetização.
As disciplinas de Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica e Infâncias de 0 a 10 Anos ocorreram paralelamente. A partir de textos como: Maquinaria Escolar, A Invenção da Infância e fazendo a cronologia da educação no Brasil, passei a ter um outro pensamento sobre escola e educação. Desfiz a idéia romântica da educação, pois sempre pensei em educação como promoção para a cidadania, conhecendo como e porquê se deu a institucionalização da escola, percebo porque existe tanta dificuldade em acontecer mudanças significativas na escola.
Em Seminário Integrador, criamos um pbwiki individual a fim de aprender a usar este recurso tecnológico. Fizemos uma descrição da sala de aula e construímos um memorial da infância. Refletia sobre a questão da infância, a minha própria infância e a dos meus alunos. Além do papel da escola na infância atual e na de outros tempos.
No final do semestre a minha conclusão era a seguinte: É importante estar de volta aos estudos depois de tanto tempo. Novas leituras, um grupo com os mesmos objetivos, reflexões sobre o ensino e a educação como um todo. Compreender o que aconteceu em tempos passados para entender a história do presente. Meus atos e pensamentos refletem o que estou encontrando, não só como profissional, mas como pessoa, enfim existe uma transformação. Meu olhar está mais crítico, meus argumentos mais fortes.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O primeiro semestre

Através do jornal VS, fico sabendo de uma parceria entre a prefeitura de São Leopodo e a UFRGS. Seria oferecido o curso de pedagogia na modalidade á distância para professores que ainda não tivessem graduação, sendo o pólo aqui em São Leopoldo. Fiz a minha inscrição e nas curtas férias de julho dei uma estudada em português, biologia e literatura. Fui aprovada e agora me angustiava sem saber ao certo o que esperar de um curso á distância. No dia 21 de agosto de 2006, numa fria noite, iniciaram as nossas aulas sendo presencial toda aquela semana. O primeiro momento foi marcado por muita alegria, apresentações e informações sobre o curso. Conhecemos os nossos coordenadores do curso professor Leonardo e professora Cintia, e fomos sendo colocados naquele desconhecido mundo digital. Criar blog, escrever no pbwiki, enviar arquivo para o rooda, link... quantas palavras entraram no meu universo e quanto precisei de ajuda do pessoal aqui de casa para dar conta do recado. Mas também muita superação, a certeza que as dificuldades seriam vencidas e a preocupação da coordenação do curso com a clientela diferenciada que receberam, proporcionando nossa "alfabetização digital". Logo em seguida tem início as cadeiras de EPPPC e ECS. A primeira levou a muitas reflexões sobre o ppp e quando estávamos construindo o nosso na escola, foi impossível não lançar um olhar mais crítico, sobre o que este documento representa. Entretanto não exigia muito da tecnologia e a maioria dos textos foi em arquivo, o que nos deixou mais seguros.
E a cadeira de ESC? Textos complexos, blog individual, coletivo....que desespero. Pedia socorro para as tutoras, que prontamente me respondiam. Percebo nesta interdisciplina a ideia de rede, pois visitamos os outros pólos, apesar de ser um pouco penosos pela falta de domínio da tecnologia.
No final do mês de setembro entrou a interdisciplina de TIC'S. Na aula presencial a professora começou a apresentar o que veríamos até o final do semestre. Pedimos que não continuasse, pois ninguém estava entendendo mais nada. Precisei de ajuda do pessoal aqui de casa para realizar quase todas as atividades, mas aprendi a inserir imagens, usar o paint, fazer ppt.
O primeiro semestre foi marcado pela alegria de voltar a estudar, pelo contato e aprendizagens com a tecnologia e pela interação do grupo de colegas. Ao mesmo tempo me colocava na situação de aluno-professor aprendente, refletindo sobre o que é aprender, para quem sempre "ensina."Também foi uma fase de adaptação, pois precisei conciliar muitas coisas: trabalho, escola e família.





segunda-feira, 5 de julho de 2010

Reflexões finais

Mais um semestre está chegando ao fim, aproxima-se o trabalho de conclusão e a formatura. Momentos de reflexão. O que marca mais nesta trajetória? Sabemos nós avaliar a dimensão do que fazemos enquanto professores e professoras? Memórias e identidades, foi algo bem marcante para mim, dentro da interdisciplina de estudos sociais, ministrada pela professora Simone. Nunca tinha me dado conta da intimidade entre memórias/identidades. Enquanto professora de projeto buscava sempre fazer estas relações com a vida dos alunos. Novamente em regência de classe, para o meu estágio elaborei um projeto que contemplasse a história de vida dos meus alunos. isto envolveu muita busca com a família e com os dados cada um foi construindo o seu livro. Ocorre que um dos meus alunos, passou em estado vegetativo no último ano e ao acordar não se lembrava de mais nada. Está ainda em recuperação e a memória está voltando. Tive momentos de muita emoção quando ele contou o dia em que acordou e que não sabia seu nome, sua idade. Quando conversei com a mãe na entrega dos boletins, ela lendo o que ele escreveu sobre a vida dele não conseguia acreditar que ele conseguia lembrar de tantos fatos, seus olhos vibravam de felicidade. Foi preciso aprender, para um dia aplicar e fazer diferença para alguém.
REFERÊNCIA
SANTOS, Simone Valdete dos. Memória e Identidades.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Finalizando o estágio

Após terminar o projeto de estágio que foi desenvolvido em nove semanas na minha turma, não sabia ainda que rumo tomar para as próximas atividades, o estágio está concluído, mas o meu trabalho continua. Enquanto estudávamos as dificuldades dos alemães em se adaptarem na nossa terra pelas diferenças de língua, alimentação, clima...um aluno fez as seguinte pergunta: " O que comiam os alemães?"Lembrei de um texto que lemos no seminário integrador sobre perguntas inteligentes. Estava diante de uma pergunta lógica, que poderia render muitos questionamentos. Começaram a pesquisar sobre os hábitos alimentares da família. Como tema pesquisaram o que comem no café da manhã, no almoço, lanche e jantar. Também pesquisaram os pratos especiais e as sobremesas. Tudo tranformou-se em gráfico. Diferenciar alimentos gostosos e nutritivos foi a próxima etapa. Em época de copa que tal aprender sobre pratos típicos de outros países? E escrever um livrinho de receitas da turma...enfim as aprendizagens que recebi enquanto aluna do PEAD, modificaram a minha prática de tal modo que só consigo pensar em educação que seja significativa para o aluno.
REFERÊNCIA
MAGDALENA, Beatriz C. COSTA, Íris Elisabeth Tempel. Perguntas inteligentes: O que é isto?

segunda-feira, 21 de junho de 2010

valorizando os saberes

Durante o meu período de estágio, coloquei que meu objetivo pessoal de aprendizagem era valorizar a história de vida dos alunos e relacioná-la aos conteúdos formal e na construção de conceitos. Para tanto comecei uma pesquisa junto com os alunos e a família, sempre como tema de casa. Depois as informações eram trocada no grande grupo. Em algumas ocasiões fizemos gráficos, como os times, em outras relatos, nas idades dos pais cálculos de ano de nascimento e assim por diante. O que percebi foi a motivação dos alunos ao fazer as atividades, pois em tudo havia um sentido. Trazem sempre a solicitação de tema, pois compreendem a importância do que é pedido, raramente alguém esquece. Foi uma maneira também de envolver os pais, já que a escola não fica dentro de nenhuma das comunidades que atende, e os pais dependem de transporte para estar presente na escola. Freire falando do respeito aos saberes do educando questiona:" Porque não estabelecer uma "intimidade"entre os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles têm como indivíduo"?
REFERÊNCIA
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários á prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.



segunda-feira, 14 de junho de 2010

Integração de conteúdos

Esta semana continuei explorando de forma mais sistemática o nosso passeio pela cidade. Um conceito prévio que percebi nos meus alunos, era que imigrante é o mesmo que descendente de alemão. Precisaram refazer este conceito, que surgiu das conversas sobre os locais que visitamos.
A observação das datas dos objetos do museu permitiu fazer boas explorações com os cálculos de tempo. A partir de uma determinada data os alunos fizeram cálculos de idade dos objetos e de ano de nascimento para saber a idade das pessoas. A matemática ficou fácil de ser entendida. No português, começa a fazer sentido, o tempo de uma ação: passado, presente, futuro.
Na sexta-feira fizemos o jogo da velhota, uma variação do jogo da velha, onde as perguntas estavam relacionadas com o nosso passeio e o que aprendemos até agora sobre município, memórias, museu, datas, verbos...além de ser uma atividade lúdica também ajudou na elaboração de conceitos.
O ensino, que a principio é de Estudos Sociais, torna-se integrado com muitas áreas do conhecimento tornando a aprendizagem mais significativa e coesa, pois busca um todo e não fragmentos.

REFERÊNCIA

SANTOS - Simone Valdete dos. - O Ensino de História nas séries iniciais - Um olhar desde a perspectiva curricular integradora.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Saída de Campo

Nesta semana finalmente meus alunos fizeram a saída de campo para conhecer um pouco da história e da cultura de nossa cidade. Foram sendo preparados nas últimas aulas, para que esta atividade fizesse sentido. No museu do Aimoré, perguntaram porque havia tanta diferença entre os troféus, uns eram bonitos e outros estavam sem brilho. Pedi que observassem as datas, alguns eram muito antigos lembrando a conquista de muitos anos atrás. Os mais bonitos eram de datas bem recentes. Os objetos também sofrem envelhecimento pela ação do tempo. Lembrei das roupas que eles trouxeram de quando eram pequenos, que mesmo guardadas perderam a cor. A visita ao Museu Histórico Visconde de São Leopoldo foi acompanhada por uma monitora. As crianças se encantavam com tudo que viam: louças, armas, instrumentos musicais, cantinho indígena além de fotografias e máquinas antigas. A observação destes objetos proporciona uma compreensão do mundo social em espaços e tempos diferente, tirando a ideia de um mundo estático, a visualização dos objetos antigos que representam a memória da cidade, concretiza mudança e permanência. No Centro Cultural José Pedro Boéssio, puderam saber das atividades culturais que ali acontece e do uso da biblioteca pública.

BERGAMASCHI, Maria Aparecida. Do acaso á intenção em Estudos Sociais.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Memórias

Durante esta semana fui trabalhando com meus alunos as origens de tudo que diz respeito a cidade que moramos: a origem da palavra município, o porquê do nome da cidade, os motivos pelos quais eles moram em São Leopoldo, a nascente do nosso rio e a hipótese provável do nome. Foi preciso pesquisa deles com seus familiares e minha na parte mais histórica.Tudo transformou-se em conhecimento. Primeiro oral e depois escrito, em forma de livro, relatos, cartazes.
E durante estas explorações pedi que trouxessem coisas de quando eles eram bem pequenos. Foram fotos, roupas de batizados, brinquedos... atrás disso lembranças, memórias. Quando perguntei se lembravam de alguma música que alguém cantava para eles, uma aluna lembrou de Nana nenê, bastou para ser uma evocação de memória coletiva e todos começaram a cantar . A alegria estava presente em cada um que relatava algum fato de sua vida, amparado em algo concreto.
Segundo Simone Santos "As memórias sacramentam a existência e o pertencimento a determinado grupo, com seus rituais, seus costumes, seus credos, sua etnia própria. Somos mais ou menos prestigiados conforme a "quantidade de memória" produzida, registrada."
REFERÊNCIA
SANTOS, Simone Valdete dos. Memórias e identidades.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O desafio de formar leitores

Logo que comecei a trabalhar com meus alunos senti que eles tinham determinada aversão a leitura, principalmente se fosse cópia passada no quadro. Mas notei que os livrinhos do meu acervo pessoal faziam muito sucesso. Jornal Sininho, que uso muito, também demonstrou uma fonte interessante de leitura. Comecei a reservar momentos especiais para a leitura, não como uma atividade quando sobra um tempinho, mas como atividade principal. Um dia só folheamos jornal, aprendendo a conhecer as muitas partes que ele tem: notícias, tempo, classificados, horoscópo...
Outro dia lemos só poesias, e até arriscaram a fazer algumas rimas. Textos sempre variados: conto, poesia, lenda... e aos poucos fui percebendo que eles tornaram-se leitores. Só me dei conta quando resolvi fazer um texto sequenciado esta semana intitulado "A grande novidade". Seriam três dias de trabalho: no primeiro eles copiariam dois parágrafos, no segundo dia seria contado por mim e última parte, receberiam em folha xerocada. Não deu para ser assim. A curiosidade foi tanta que no primeiro dia, eles copiaram e pediram que por favor eu contasse o que era a novidade. Contei a segunda parte, a curiosidade continuou, mas agora teriam que esperar a próxima aula para saber o fim. Quando chegou a aula de sexta, fui logo cobrada se havia trazido o fim da história. Disse que sim e senti a avidez com que "devoraram" a parte final do texto. Comentei que passei na biblioteca e que estava deixando alguns livrinhos com poesias de Elias José, autor do texto, no fundo da sala, quem desejasse estava á disposição. E os livrinhos circularam a aula toda, entre uma atividade e outra.
A leitura deixou de ser algo sem sentido, tornou-se desafiadora e interessante, um caminho para conquistar a autonomia.


REFERÊNCIA

MELENDES, Maria Fernanda; SILVA, Rovilson José. A Formação de Leitor no Ensino Fundamental: Os Parâmetros Curriculares Nacionais e o Cotidiano das Escolas.
Revista Eletrônica de Educação. Ano II, No. 03, ago./dez. 2008.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Origens X Preconceito

Marilene Leal Paré, ao fazer sua dissertação de mestrado, realizou pesquisas com alunos de escola públicas, com grande contingente de negros e localização urbana. Sua entrevista tinha como pergunta como é que o aluno se sentia sendo negro na escola. De cada entrevista a autora foi criando textos literários e a partir daí surgiram as dimensões que agrupou em conteúdos significativos: as essências. A primeira essência foi a discriminação, na escola reflexo dos preconceitos na sociedade brasileira. Estou desenvolvendo com meus alunos uma pesquisa sobre a vida deles. Numa entrevista que fizeram com os pais, havia uma pergunta sobre o que eles sabiam sobre suas origens e seus antepassados. Quatro alunos responderam esta questão (índio, português, alemão e italiano) e os outros? Não falaram. Chamou a atenção quando uma aluna baixou a cabeça. Comecei a pensar em como fazer para falarmos sobre preconceito racial. Pedi que entrevistassem pessoas da família respondendo a seguinte pergunta: o que é mais importante o sol ou a sombra? Tabulamos as respostas e colocamos em debate. Finalmente vimos que não existe o mais importante. Lemos entrevistas de crianças falando sobre preconceitos. Alguns comentaram sobre coisas desagradáveis que já ouviram sobre sua aparência. Outro que quando reprovou foi chamado de burro por um parente...enfim foi um momento de desabafo. Trouxe um palestrante membro do DIMPPIR, que passou o filme "Vista a minha pele" e depois conversou com as crianças: sobre discriminação e preconceito racial. Eles ficaram bem atentos, significando o momento.
REFERÊNCIA
PARÉ, Marilene Leal. Auto-imagem e Auto-estima na Criança Negra: Um olhar sobre o seu desempenho escolar. Dissertação de Mestrado, PUC, Porto Alegre, 2000.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Conceitos e histórias de vidas

Tenho realizado atividades que envolvem localização, espaço e tempo, pois trabalhando com uma turma de quarto ano, são conceitos necessários, para conseguir compreender um pouco sobre o município que moram. Segundo Bergamaschi "Para realizar tal estudo, que envolva uma complexidade de conceitos e tempos e espaços diferentes, nada melhor do que partir da própria vida dos alunos e seus familiares: propor uma pesquisa com o propósito de investigar se todos nasceram no município onde moram hoje, inclusive os pais e mães, avôs e outros familiares."
Aproveitando o tema da dia das mães, solicitei aos alunos uma entrevista com elas. Um dos itens era nome da cidade natal. Com uma pergunta desta ao coletar os resultados descobrimos 4 estados diferentes e 11 cidades gaúchas. Depois aproveitamos a aula de informática para cada um conhecer um pouco das cidades das mães, ver sua localização, a paisagem natural e um pouco da história da cidade, este trabalho foi em dupla para que interagissem e trocassem informações. Então fizemos o registro escrito no livrinho que estamos montando, sobre o que aprendeu da cidade natal das mães, lembrando a importância da escrita: anotando não esquece.

REFERÊNCIA

BERGAMASCHI, Maria Aparecida. Do acaso à intenção em Estudos Sociais.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O blog e a escrita

Na semana passada foi a primeira vez que os meus alunos postaram no blog. O objetivo é que exista uma troca entre eles e os alunos do outro quarto ano. Combinamos que um grupo posta o outro lê , comenta e faz nova postagem, pretendemos fazer uma postagem por semana. É preciso então um planejamento do que querem escrever. Sabem que além dos colegas, qualquer pessoa pode ler, isto exige clareza no que querem dizer. Depois que organizam sua escrita, a leitura é feita para os colegas, que dizem se conseguiram compreender, se não faltou nada. Efetivamente estão realizando uma prática social de leitura e escrita.
Enquanto observa um grupo de alunas organizando sua escrita, pude perceber a interferência do próprio grupo sobre a escrita uns dos outros. Lendo e corrigindo, as vezes me chamando apenas para confirmar. Nesta atividade o escrever tornou-se um ato significativo, dentro contexto do uso da linguagem.
" São as diferentes formas de oralidade, leitura e escrita, que se agregam ou substituem as anteriores, possibilitando outras aprendizagens, outros tipos de produção e recepção de conhecimen­tos; " (Trindade,2002)
REFERÊNCIA

TRINDADE, Dalla Zen. A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais, 2002.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Caça ao Tesouro

Levei minha turma ao pátio, dividi em dois grupos e entreguei uma mapa do tesouro para cada grupo. A partir do ponto de partida deveriam seguir as instruções para encontrar um tesouro que eu havia escondido.
Enquanto liam e procuravam as direções eu os observava para entender quais as diferentes noções de localização que dominavam. Na primeira instrução que era seguir em frente, até determinado ponto, não houve dificuldades, pois são relações de contínuo. A partir dali começavam as relações projetivas, usando o corpo como referência, dobrar a sua esquerda. Para alguns foi fácil, mas percebi que mais da metade tinha dúvidas. Seguindo mais adiante, havia uma indicação de contar passos a partir do banco verde em direção a saída e entrar na porta a esquerda. Ali existem duas portas e os alunos se dividiram, praticamente meio a meio. Acabou um chamando o outro e finalmente conseguiram encontrar o tesouro.
Percebi que os alunos, mais velhos ( tenho 5 com 11 anos), embora tenham mais dificuldade de leitura e escrita, tem melhor desenvolvido esta noção de localização e praticamente eles guiaram os outros. É importante considerar estes conhecimentos que eles trazem, pois senti auto-confiança da parte deles. Estas noções continuam sendo trabalhadas intensamente nas aulas de educação física, pois a partir do momento em que dominaram, direita e esquerda em relação uns dos outros é que mais tarde compreenderam as direções cardeais.

REFERÊNCIA

ANTUNES, Aracy do Rego. MENANDRO, Heloisa Fesch. TOMOKO, Iyda Paganelli. Estudos Sociais Teoria e Prática. ACCES, 1999.



segunda-feira, 19 de abril de 2010

Aula-passeio

Trabalhar com alunos de escola pública, requer uma determinada sensibilidade do educador, para que no desejo de tornar a aprendizagem mais significativa deixe de olhar a realidade que o cerca. Celéstin Freinet, pensava numa educação voltada para alunos de meios populares, com técnicas utilizadas por todos respeitando o desenvolvimento individual. As aulas-passeio tão utilizada por nós professores, é deste pedagogo. Enquanto realiza uma caminhada com meus alunos ao redor da escola para observarmos localização, pude notar a importância de utilizar este recurso simples, ao alcance de todos, mas que foi encarado com responsabilidade, motivação, além de permitir um contato com o meio da escola. Transformamos este passeio em estudo, depois colocamos os cartazes na escola como forma de comunicar o aprendizado.
REFERÊNCIA
SAMPAIO, Rosa Maria Whitaker Ferreira. Freinet: evolução histórica e atualidade. São Paulo: Scipione, s/d.

Respondendo a tutora

A tutora questiona o que a situação provoca em mim em relação a leitura e compreensão da minha prática depois de tanta apropriação teórica
Respondendo: As teorias me levam a refletir sobre a prática. Explicam porque esta ou aquela maneira de trabalhar com o aluno favorecem a determinadas áreas de conhecimentos (leitura, escrita, cálculos, socialização). Fico muito na posição de investigadora, dando um novo olhar as minhas práticas. Acertos e erros merecem atenção. O erro, principalmente é um indicador de que novas estratégias precisam ser usadas, aconteceu porque? Como a criança está pensando para chegar a uma determinada resposta? Que questionamentos é preciso fazer para que ela reconstrua a sua resposta?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Realidade escolar e Planejamento

Antes do início do estágio, nós do PEAD, fizemos uma pesquisa sobre os vários aspectos que envolve a turma com a qual iremos trabalhar. Além de conhecer um pouco dos alunos: idade, particularidades, nível sócio-econômico, relacionamento entre eles e com os professores, também pesquisamos o entorno da escola, a escola como instituição, seus recursos, a clientela que recebe, seu funcionamento, sua proposta pedagógica, seu regimento, horário de funcionamento, número de alunos atendidos, relação escola-comunidade, entre tantos outros itens. Não tive maiores dificuldades em realizar este trabalho, visto que faz dezoito anos que leciono na mesma comunidade escolar. Mas considero que é de fundamental importância este conhecimento prévio da realidade com a qual se trabalha, para poder então, pensar em estratégias de planejamento, pois um planejamento precisa adequar-se ao contexto, em que será aplicado.
Segundo Freire:"Não seriam poucos os exemplos que poderiam ser citados, de planos, de natureza política ou simplesmente docente, que falharam porque os seus realizadores partiram de uma visão pessoal da realidade."
REFERÊNCIA
FREIRE, Paulo. A dialogicidade - essência da educação como prática da liberdade. In___
Pedagogia do Oprimido. 40ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. p. 89-101.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Rumo ao estágio

Neste início de semestre as atenções se voltam para o estágio. Muitas dúvidas e ansiedades neste tempo de espera. Enquanto vou aguardando, começo a me organizar. Algumas coisas já estão bem definidas, pois estou com regência de 4º ano, e é com esta turma que realizarei o meu estágio. Aproveitei para conhecer um pouco dos meus alunos, já que a maioria veio do turno da tarde, e como só estou na escola de manhã tive muito pouco contato com eles. Este é um ano cheio de primeira vez, pois regência de 4º ano eu nunca tive, bem como uma turma que tem só 17 alunos, todos os anos tive turmas na média de 27. Neste tempo de sondagem e conhecimentos dos meus alunos, percebi que a maioria repetiu uma ou duas vezes de ano, que têm leitura pouco fluente, bastante dificuldades de escrita, gostam de cálculos, detestam copiar do quadro. Toda atividade diferenciada é muito apreciada, tal como técnicas de desenhos, música, poesias, experiências, jogos. Tratam o tema de casa com seriedade e raramente alguém esquece de fazê-lo. Daqui para frente é um pouco a cada dia.