A leitura do texto “As origens da modalidade de currículo integrado”, levou-me mais uma vez a refletir o papel da escola na sociedade. Primeiramente a escola atendia aos interesses do clero e da monarquia: um tipo de educação para ricos, que detinham o poder e mandavam e outra para os pobres que deveriam aprender a obedecer.
No início do século os modos de produção faziam a separação entre o trabalho manual e intelectual, enquanto uns pensam e decidem outros obedecem.Este sistema de produção fragmentada não deixava os trabalhadores entenderem suas ações beneficiando os empresários que detinham o poder de decisão de produção e comercialização impedindo a democratização dos processos envolvidos. A linha de montagem acabou desqualificando e mecanizando o trabalhador favorecendo uma política de controle do trabalho humano. A fragmentação e a automatização da produção industrial influenciaram diretamente os sistemas de ensino. A escola ensinava a obediência, repetição de exercícios e valorizava os resultados, ou seja a nota, ainda que o ensino não tivesse significado para o aluno. Entretanto as forças de resistência contra esta dominação surge em forma de sindicatos, associações e da própria sociedade que reivindica seus direitos.
A partir dos anos 80, começa o processo de globalização da economia. Este processo exigiu uma nova postura: valorização do trabalho em equipe, versatilidade, descentralização, competitividade, autonomia....Estes novos modelos de produção industrial, não é mais compatível com as pessoas que a escola está formando, o sistema escolar precisa adaptar-se a esta nova realidade começam então a aparecer o ensino globalizado, o trabalho em grupo, o desenvolvimento da autonomia...
Ainda que outros interesses possam existir, promover uma educação com significado para os alunos é trabalhar para uma sociedade mais igualitária e mais cidadã.