segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Postagem complementar - Produção Industrial e Escola

Esta postagem é para atender a solicitação do comentário da tutora Márcia.
O texto comentado por mim "As origens da modalidade do currículo integrado" é de Jurjo Torres Santomé. Também não é um resumo do texto.Compactei idéias principais da produção industrial e a relação com o sistema escolar fazendo algumas reflexões.
Questionada sobre o modelo que a escola está formando atualmente, entendo que existe muitos maneiras das escolas se organizarem para que de fato ocorra uma educação significativa para os alunos, ocorrendo principalmente pela construção coletiva do projeto político-pedagógico. Entretanto é a partir do trabalho dos educadores que as idéias saem do papel e se transformam em ações. As possibilidades podem ser muitas ou restritas dependendo da gestão local, dos gestores da escola, da visão de cada professor, sendo assim não podemos falar de um modelo único.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Produção industrial e Escola


A leitura do texto “As origens da modalidade de currículo integrado”, levou-me mais uma vez a refletir o papel da escola na sociedade. Primeiramente a escola atendia aos interesses do clero e da monarquia: um tipo de educação para ricos, que detinham o poder e mandavam e outra para os pobres que deveriam aprender a obedecer.
No início do século os modos de produção faziam a separação entre o trabalho manual e intelectual, enquanto uns pensam e decidem outros obedecem.Este sistema de produção fragmentada não deixava os trabalhadores entenderem suas ações beneficiando os empresários que detinham o poder de decisão de produção e comercialização impedindo a democratização dos processos envolvidos. A linha de montagem acabou desqualificando e mecanizando o trabalhador favorecendo uma política de controle do trabalho humano. A fragmentação e a automatização da produção industrial influenciaram diretamente os sistemas de ensino. A escola ensinava a obediência, repetição de exercícios e valorizava os resultados, ou seja a nota, ainda que o ensino não tivesse significado para o aluno. Entretanto as forças de resistência contra esta dominação surge em forma de sindicatos, associações e da própria sociedade que reivindica seus direitos.
A partir dos anos 80, começa o processo de globalização da economia. Este processo exigiu uma nova postura: valorização do trabalho em equipe, versatilidade, descentralização, competitividade, autonomia....Estes novos modelos de produção industrial, não é mais compatível com as pessoas que a escola está formando, o sistema escolar precisa adaptar-se a esta nova realidade começam então a aparecer o ensino globalizado, o trabalho em grupo, o desenvolvimento da autonomia...
Ainda que outros interesses possam existir, promover uma educação com significado para os alunos é trabalhar para uma sociedade mais igualitária e mais cidadã.