quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O eixo VI na UFRGS

PORTFÓLIO DE APRENDIZAGENS No eixo VI cursamos as seguintes interdisciplinas: Seminário Integrador VI, Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia II, Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, Filosofia da Educação, Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História.
Seminário Integrador VI, faz os acompanhamentos das postagens do blog e também começa a reestruturar a elaboração dos projetos de aprendizagens. Repensamos o projeto a luz de novas leituras, pensando nas perguntas que podem gerar um projeto de aprendizagem. Os grupos de PAS se movimentaram para continuar ou começar um projeto de aprendizagem. Assim elaboramos no meu grupo a pergunta geradora Por quê as pessoas têm animais de estimação? Cada grupo avaliou outro, dando sugestões sobre a pergunta. Iniciaram os levantamentos de dúvidas temporárias e certezas provisórias, partindo para um mapa conceitual, planejamento de pesquisa e coleta de dados.
Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia II, esteve totalmente voltada para as questões que envolve professor-aluno ou seja a aprendizagem, a abordagem do construtivismo na sala de aula. Também estudamos os estágios de desenvolvimento, além de um trabalho de observação de uma criança para aplicar as teorias. Precisamos fazer um relato de uma situação de conflito para analisar o desenvolvimento moral dos alunos conforme a faixa etária.
Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais: Com esta interdisciplina, conhecemos os aspectos legais dos alunos com NEE, um pouco da história da inclusão na sociedade e na escola das pessoas com dificiência. Fizemos leitura sobre autismo, deficiência mental e outros disturbios. Construimos ao longo do semestre um dossiê, no qual relatamos a experiência profissional, a inclusão na escola de trabalho, o funcionamento do serviço especilaizado no município, além de um estudo de caso. Pesquisamos quantos alunos de inclusão na escola são atendidos pelo serviço especializado.
Filosofia da Educação começa com o estudo da formalização dos argumentos. Após a leitura do Dilema do antropólogo francês, tivemos que fazer argumentação e contra-argumentação num fórum tomando posição a favor ou contra a atitude do antropólogo nos grupos. Assistimos também ao filme O Clube do Imperador, cuja história mexe com os nossos sentimentos de ser professor. Envolve as questões éticas, pessoais e profissionais que rege o ofício de professor. Passamos também pelas envolventes leituras de Kant e de Adorno, pensando no que gera a cegueira coletiva e que para a educação é importante que o holocausto nunca mais se repita.
Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História, PORTFÓLIO DE APRENDIZAGENScomeça nos trazendo uma reflexão sobre : Como me vejo, Como os outros me veem e Eu e os outros. Pensar sobre a própria anscenstralidade e depois começar a pensar nos alunos. As leitura tentaram nos trazer o olhar atento a questão racial na escola, sobretudo ao aluno negro. Refletir para tomada de ações já que a escola silencia a esta questão. Também desfaz a caricatura do que é ser índio. Trazendo através de leituras, um pouco da história dos povos índígenas e as diferentes culturas de cada um, refazendo conceitos desfazendo preconceitos.
Neste semestre é possível observar que o espaço escolar está inserido numa grande diversidade, quer por diferenças étnicas, culturais ou por necessidades educacionais especiais
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domingo, 17 de outubro de 2010

O eixo V na UFRGS

No eixo V, em 2008/2 tivemos as seguintes interdisciplinas Projeto Pedagógico em ação, Organização e Gestão da Educação, Psicologia da Vida Adulta, Organização do Ensino Fundamental além do Seminário Integrador V.
Na interdisciplina de Organização e Gestão da Educação vimos a escola como instituição pública que existe refletindo o momento sócio-político na qual está inserida. Os vários momentos da sociedade brasileira trazidos nas constituições, também tiveram suas implicações diretas nos sistemas de ensino. Enquanto fazíamos a linha de tempo das constituições percebemos claramente o papel da escola em tempos e espaços diferentes. Tanto a constituição de 1934, quanto a de 1937 demonstram a diferença de ensino dos pobres e dos ricos. Na de 1946 já se fala do direito a todos á educação e até de profissionais admitidos por concurso entretanto com o golpe militar em 1964 e a implantação do regime militar a educação tinhas as decisões de cima para baixo, sem participação da sociedade. Com a abertura democrática do país Estado, a partir do início da década de oitenta, sociedade e escola começam a redefinir seus papéis.
Ao mesmo tempo Organização do Ensino Fundamental levanta as questões da gestão democrática, conforme a lei nº 9.394 , assegurando a participação de toda a comunidade escolar no projeto político-pedagógico e vendo a concretização deste projeto na elaboração do Regimento Escolar. É claro que esta participação de toda a comunidade escolar nas decisões da escola é ainda muito novo, pois faz parte de uma outra história traçada por uma gestão democrática, onde cada indivíduo precisa aprender a exercer a sua cidadania. Uma gestão democrática é feita de transparência, de acesso a comunidade das decisões da escola, de controle social, de discussão e consenso. Deve debater e recriar suas propostas, pois tem autonomia para isso, mas ao mesmo tempo deve cumprir as diretrizes curriculares. Nesta perspectiva democrática do direito de todos á educação houve uma ampliação do acesso da população para a escola que acabou por massificar o ensino.
Uma das primeiras atividades que realizamos na interdisciplina de Psicologia da vida adulta, foi construir um texto coletivo falando do que é ser adulto Muitas palavras se repetiram: responsabilidade, estabilidade emocional, independência financeira, responder pelos seus atos entre outras. A aprendizagem do adulto, não se dá através de respostas pré-elaboradas, mas no entendimento da aplicação na vida real. Entrar na vida adulta também deveria ser um momento de abandono progressivo do egocentrismo para dar entrada na descentração. Na prática não é bem assim que acontece, pois o egocentrismo está presente em todas as idades.Existe dificuldades para os professores que trabalham com alunos do EJA, pois embora sendo ambos adultos a maneira do professor e do aluno pensar são diferentes, gerando conflitos na defesa de pontos de vista. Igualmente o convívio entre colegas de trabalho, por vezes torna-se tenso, pela impossibilidade de um aceitar o ponto de vista do outro. Realizamos um projeto onde fizemos um questionário com pessoas adultas, no qual reponderam sobre seus comportamentos em diferentes situações de quando eram jovens e hoje na idade adulta.

Seminário Integrador V e Projeto Pedagógico em Ação, caminharam lado a lado durante este semestre. Iniciamos com um fórum discutindo as dúvidas e aspectos importantes sobre os Projetos de Aprendizagem. Partimos então para um projeto em grupo onde tentávamos responder a pergunta Por quê os olhos têm cores diferentes? Tivemos muitas dúvidas, mas pouco a pouco fomos nos organizando, trocando informações e a interação com o grupo foi maravilhosa. Os projetos quebram as regras do convencional, partem de um tema de interesse, parece que não se sabe o que fazer, mas ao mesmo tempo coloca o professor como um grande mediador e a escola um espaço de aprendizagem tanto para aluno quanto para o professor.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O eixo IV na UFRGS

No eixo IV, estudamos as interdisciplinas Representação do Mundo pela Matemática, Representação do Mundo pelas Ciências Naturais Representação do Mundo pelos Estudos Sociais além de Seminário Integrador IV. Foi um semestre que se caracterizou pela aplicação de teoria e prática em sala de aula.
Seminário integrador pediu uma atividade chamada plano individual, visando desenvolver a autonomia discente. Neste ano estava como professora de projeto de artes, meio ambiente e ensino religioso e fiz um plano individual aliando o ensino da arte, ao meio ambiente. Foi possível um estudo sobre Monet, já que retratava a natureza em épocas diferentes do ano, agregando conhecimentos do semestre anterior em artes visuais, postei no blog o resultado das aulas mais significativas.
As leituras de Estudos Sociais e sua aplicação na prática enriqueceram meus conhecimentos comecei a notar como eu estava pensando em grupos sociais, comunidade, classes sociais á medida que trabalhava com os alunos. Fui também aprendendo como se dá as construções de tempo e espaço para a criança, a idéia de simultaneidade. Pude trabalhar melhor estas questões com os alunos a partir do momento que eu as compreendi melhor. O material produzido com os alunos, não foi um simples livrinho de suas vidas, foi resultado de pesquisa de fontes orais e escrita, de discussão em grupo, de comparação, de busca de suas origens. Contemplou presente, passado e futuro.
Com as leituras e atividades desenvolvidas na matemática, refleti sobre as questões de espaço e forma, o que lemos e aplicamos está de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, entretanto está ausente dos planos de estudos da escola. Tenho procurado, na medida do possível, trabalhar nas aulas de artes estas questões, através das observações de formas, quebra-cabeças, liga-pontos. Também aprendi como trabalhar gráfico e mapas nas séries iniciais. Destaco também a leitura sobre problemas não-convencionais, na verdade os descobri quando oportunizei aos meus alunos criarem histórias matemáticas, em alguns casos elas não tinham solução, agora sei que também é válido trabalhar com estas histórias e que tem até um nome.
Ciências me trouxe uma visão crítica das verdades dos livros e da posição do homem na natureza, além de demonstrar que temos as concepções de natureza daquilo que vemos nos livros. A natureza passiva, pronta para servir o ser humano. Mas principalmente que as verdades científicas não são absolutas. Elas podem ser aceita em um determinado tempo e espaço mas que existe uma relação de poder envolvida nos processos de divulgação dos conhecimentos científicos. O livro de ciências antes parecia sempre certo, agora já repenso, será que é isso mesmo?