segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Produção do Pôster

No início do semestre, fomos informados que deveríamos produzir um pôster em grupo, sobre uma pesquisa que seria realizada na EJA. Escolhemos entrevistar educadores da EJA, sabendo por suas vozes quem são estes alunos, suas características, dificuldades, pensamento. A entrevista foi rapidamente respondida por todos os entrevistados e logo já estávamos com as nossas folhinhas prontas. Partimos para a tabulação, distribuindo a responsabilidade de cada uma do grupo. Elaboramos a síntese com bases no referencial teórico. E aí partimos para a confecção do tal pôster, ninguém tinha experiência e fomos no "acho que é mais ou menos assim". A professora Dóris enviou algumas orientações que nos ajudaram a compreender melhor o que deveríamos fazer. Feita a primeira versão, recebemos outras orientações e acho que finalmente entendemos o que é e como é um pôster.
Deste trabalho alguns pontos que merecem destaque: A ajuda em grupo, a intervenção da professora que orientou e a importância de relacionar bases teóricas com pesquisa.
Este trabalho, terá seu momento máximo na próxima quarta-feira dia 2/12, quando será apresentado aos colegas e a comunidade, trazendo uma rica troca de experiência

domingo, 15 de novembro de 2009

Um plano de aula e muitas estratégias



A disciplina de linguagem solicitou para elaborarmos um plano de aula para um dia onde deveríamos ter uma atividade de leitura, produção textual, jogo e sistematização com os devidos objetivos e explicação do desenvolvimento das atividades. Aparentemente fácil, já que somos todos professores com longa experiência docente. Mas a medida em que fui planejando pensando em estratégias de letrar e alfabetizar precisei pensar e muito. Elaborei as atividades para um quarto ano, onde parece quase esquecida a questão da alfabetização e do letramento, mas procurei desenvolver atividades que contemplassem os diferentes níveis de alfabetização e letramento dos alunos, pois lembrei daqueles alunos que são de inclusão e dos multirepetentes que apresentam grandes dificuldades na leitura e na escrita. A aula presencial do dia 11/11, nos permitiu trocas com os colegas, e a professora nos tranquilizou, dizendo que era somente para fazer um plano com todas estas atividades, mas que não seria colocado em prática, a finalidade era mesmo explorar as maneiras de trabalhar a leitura e escrita. A reflexão maior ficou com a leitura do módulo 4, "Não há como alfabetizar sem método?", entre outras coisas, aborda aspectos fundamentais no ensino da linguagem que é o planejamento e as atividades de sistematização. Esta última então parece que foi muito desconsiderada quando o construtivismo invadiu as escolas, e nem todos tiveram uma compreensão que não se tratava de um método de ensino, mas de uma teoria. Para concluir, o planejamento é quem direciona os usos do tempo na escola, as atividades de sistematização são pensadas pelo professor a fim de que o aluno vá se apropriando das regras da leitura e da escrita socialmente aceitas. Evidentemente, tudo bem amarrado dentro de um contexto para ser significativo.


REFERÊNCIAS

SOARES, Magda. Nada é mais gratificante do que alfabetizar – Entrevista. In: Letra A: o jornal do alfabetizador. CEALE, Belo Horizonte, v.1, abr/mai, 2005. p. 10 -14. (Texto 6 – Módulo 5)


TRINDADE, Iole Maria Faviero. Não há como alfabetizar sem método? (encaminhado para publicação)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Alfabetização de jovens e adultos


A interdisciplina de EJA, está sendo uma das poucas em que estou estudando teorias sem ter experiência na prática. Sempre tive curiosidades de saber como acontecia a alfabetização de adultos, pois imaginava que não poderia ser da mesma maneira como acontece das crianças em escola regular. Percebi que as colegas que começam a trabalhar com a alfabetização de adultos, ficam muito apaixonadas por este trabalho, ás vezes relatam emocionadas as dificuldades destes alunos em adaptar-se á escola. A leitura do texto de Marta Kohl:"Jovens e adultos como sujeitos de conhecimentos e aprendizagem", faz um mapeamento de quem são estes alunos. Diferenciando que Jovens e adultos de EJA, não são como pessoas que buscam uma formação universitária ou aperfeiçoamento numa área de interesse. Carregam as características de não-crianças, excluídos da escola, membros de determinados grupos culturais ( em oposição ás classes médias e aos grupos dominantes). Possuem experiências, conhecimentos acumulados, em situações de aprendizagens trazem diferentes habilidades pela etapa da vida em que se encontram, mas também outras dificuldades em comparação com a criança. A escola funciona com base em regras específicas, aprendidas por aqueles que nela estão envolvidos. A compreensão desta mecânica por vezes pode ser um obstáculo maior que os conteúdos, como seguir instruções por escrito. O adulto está inserido no mundo do trabalho, sem qualificação, com baixa remuneração e estes fatores socioeconômicos impedem um aproveitamento maior nos estudos. É claro que a escola, precisa estar atenta a esta clientela com características tão diferenciada, pois os currículos escolares foram elaborados para oferecer uma educação para crianças e adolescentes que seguiram seus estudos de forma regular, atrelando etapas de desenv olvimento com o desconhecimento de conteúdos. Jovens e adultos podem ser colocados em situações inadequadas para o desenvolvimento do processo real de aprendizagem. Paulo Freire ao pensar na alfabetização de adultos queria também encontrar uma forma de valorizar a cultura que o aluno traz e para tanto foi mentor da proposta pedagógica por temas geradores. Entretanto não é um simples método de palavras-sílabas-novas palavras. Para fazer sentido a palavra deve ser vista dentro de um contexto e principalmente que o educando se conscientize de sua situação de oprimido, como classe desfavorecida, e aja em favor da sua libertação.
Trabalhar com a proposta de tema geradores de Paulo Freire é pensar na identidade do aluno adulto, é trabalhar conteúdos sem que estes sejam a verdade absoluta, é estabelecer as relações entre a aprendizagem da escola e a da vida, enfim é alfabetizar e letrar considerando as diferentes culturas e acima de tudo exige a postura de diálogo do educador com seus educandos. Este é um semestre em que tenho sentido muito forte a interdisciplinaridade, pois as leituras da EJA, foi complememtada com os estudos da proposta de temas geradores de Paulo Freire na interdisciplina de didática.
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, Set./Out./Nove./Dez. 1999, n. 12, p. 59-73
FREIRE, Paulo. A dialogicidade – essência da educação como prática da liberdade. In: _____. Pedagogia do Oprimido. 40ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. p.89-101.
Paulo Freire, o mentor da educação para a consciência

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Compreendendo o que é ser surdo - 2ª publicação

A tutora Márcia pergunta: " Suas evidências partem das leituras e vivências ou apenas vivências? Poderia citar um autor."
Ainda não posso citar um autor, já que a professora usou várias refererências na unidade 1, mas não deu nenhum texto específico, sobre um autor. Este site é muito bom, e fiz minha reflexão levando em consideração algumas informações que encontrei nele.
Das minhas vivências, está talvez deixo claro quando escrevo. Convivi com uma colega surda no tempo que fazia o magistério ( em torno de vinte anos atrás), ela seria a primeira professora surda para alunos surdos, na época. Tivemos a presença de fono na aula duas vezes por semana para traduzir a aula em sinais e nos demais dias nos revezávamos para a judá-la a compreender a aula. Foi uma experência única, conhecemos os professores da escola dela (de surdos) e aprendemos a conhecer um pouco sobre o sujeito surdo e a comunidade surda. Isto foi muito importante para a integração do grupo e como aprendizado para a vida.

PA - Porque as pessoas têm animais de estimação 2ª publicação

A tutora Márcia questionou : " De todo o desenvolvimento do trabalho quais foram os pontos mais relevantes na realização desta tarefa?"
Existem vários pontos que foram relevantes. O primeiro foi a escolha do assunto, todas nós do grupo temos gatos, cães ou os dois. Começamos nos questionado porque tínhamos animais de estimação e fomos vendo quanta coisa estava envolvida aí, mas o emocional era o fator mais importante. O segundo ponto foi a busca de informações e posteriormente a seleção destas informações. Outro ponto é a busca da resposta, trabalhamos com uma pergunta que não tem respostas em livros, precisamos ser minuciosas e direcionar o foco da pesquisa: por onde começar e aprofundar o assunto. Por último esta experiência nos faz pensar na importância da autonomia em busca do saber e refletir como fazer o mesmo com o nosso aluno.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Compreendendo o que é ser surdo

No ínicio do semestre escrevi que não sabia o que esperar da interdisciplina de Libras, mas que esperava que fosse um preparo a mais para trabalhar com os alunos com necessidades educacionais especiais. Também fiquei um pouco preocupada pois achei que seria muito cobrado o alfabeto manual. Entretanto, esta disciplina trouxe muitos esclarecimentos sobre o que é ser surdo, comunidade surda e a forma como o sujeito surdo percebe o mundo. E nós como professores e ouvintes precisamos ter isso bem claro para saber como se comunicar com uma pessoa surda. O contato visual é tudo para uma pessoas surda, portanto a forma de se comunicar é chamar a atenção visual, pode ser com uma batida no braço, olhar nos olhos, gesticular, escrever, desenhar e mostrar expressões faciais e corporais. Compreendi também porque não existe uma língua universal de sinais, já que a língua é viva e existem expressões típicas de cada lugar. Com o filme "Seu nome é Jonas", mostrando a dificuldade de uma criança surda de se adaptar na família, na escola e na sociedade, me senti muito sensibilizada em relação a maneira do sujeito surdo compreender o mundo e a falta de compreensão das pessoas que querem que se comportem como ouvintes para serem aceitos.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

PA - Por que as pessoas têm animais de estimação?


O nosso projeto de aprendizagem com a pergunta: Por que as pessoas têm animais de estimação já está em sua fase final. Neste segundo projeto que desenvolvemos sentimos menos dificuldades que no primeiro. Tivemos mais tempo para avaliar a pergunta principal bem como as certezas e dúvidas e as pesquisas priorizaram a qualidade e não a quantidade. A nossa organização de grupo foi melhor também que o PA anterior, pois cada uma colocou uma certeza e uma dúvida e se deteve a pesquisar na sua dúvida e na sua certeza, trocando as descobertas com o grupo .Também buscamos diferentes fontes de pesquisas além da internet, como notícias de jornal, artigo escrito especialmente para o nosso projeto e uma enquete com a pergunta geradora. A exigência de uma mapa conceitual individual, favoreceu que todas aprendessem a usar o cmaps. No primeiro projeto demoramos quase duas horas para fazer o mapa e como não sabíamos como salvar fizemos um atalho com a tecla print scrn para o paint. Foi um trabalho enorme. Fica claro a importância de reconstruir as aprendizagens e da interferência pedagógica realizada ao longo do trabalho pelos professores orientadores que nos questionavam e fazíamos rever o que estava sendo pensado. O resultado do trabalho foi uma pesquisa que aprofundou a relação dos seres humanos com os animais de estimação ao longo da história, com muita troca, com vários mapas conceituais, demonstrando que houve uma aprendizagem significativa para o grupo.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Postagem complementar - Produção Industrial e Escola

Esta postagem é para atender a solicitação do comentário da tutora Márcia.
O texto comentado por mim "As origens da modalidade do currículo integrado" é de Jurjo Torres Santomé. Também não é um resumo do texto.Compactei idéias principais da produção industrial e a relação com o sistema escolar fazendo algumas reflexões.
Questionada sobre o modelo que a escola está formando atualmente, entendo que existe muitos maneiras das escolas se organizarem para que de fato ocorra uma educação significativa para os alunos, ocorrendo principalmente pela construção coletiva do projeto político-pedagógico. Entretanto é a partir do trabalho dos educadores que as idéias saem do papel e se transformam em ações. As possibilidades podem ser muitas ou restritas dependendo da gestão local, dos gestores da escola, da visão de cada professor, sendo assim não podemos falar de um modelo único.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Produção industrial e Escola


A leitura do texto “As origens da modalidade de currículo integrado”, levou-me mais uma vez a refletir o papel da escola na sociedade. Primeiramente a escola atendia aos interesses do clero e da monarquia: um tipo de educação para ricos, que detinham o poder e mandavam e outra para os pobres que deveriam aprender a obedecer.
No início do século os modos de produção faziam a separação entre o trabalho manual e intelectual, enquanto uns pensam e decidem outros obedecem.Este sistema de produção fragmentada não deixava os trabalhadores entenderem suas ações beneficiando os empresários que detinham o poder de decisão de produção e comercialização impedindo a democratização dos processos envolvidos. A linha de montagem acabou desqualificando e mecanizando o trabalhador favorecendo uma política de controle do trabalho humano. A fragmentação e a automatização da produção industrial influenciaram diretamente os sistemas de ensino. A escola ensinava a obediência, repetição de exercícios e valorizava os resultados, ou seja a nota, ainda que o ensino não tivesse significado para o aluno. Entretanto as forças de resistência contra esta dominação surge em forma de sindicatos, associações e da própria sociedade que reivindica seus direitos.
A partir dos anos 80, começa o processo de globalização da economia. Este processo exigiu uma nova postura: valorização do trabalho em equipe, versatilidade, descentralização, competitividade, autonomia....Estes novos modelos de produção industrial, não é mais compatível com as pessoas que a escola está formando, o sistema escolar precisa adaptar-se a esta nova realidade começam então a aparecer o ensino globalizado, o trabalho em grupo, o desenvolvimento da autonomia...
Ainda que outros interesses possam existir, promover uma educação com significado para os alunos é trabalhar para uma sociedade mais igualitária e mais cidadã.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Minhas expectativas para o eixo VII

Um novo semestre se inicia e embora seja as nossas últimas disciplinas do curso, antes do estágio, sempre me sinto angustiada como se fosse o primeiro semestre. Espero não me sentir tão sobrecarregada já que conclui um curso de capacitação que fazia nos meus dias de folga, embora proveitoso, reduziu meu tempo para as atividades do PEAD. Espero também que os colegas tenham preenchido o questionário de avaliação e que sejamos atendidos em algumas reivindicações. Também espero aliar as teorias da EJA, com a prática existente na escola. E libras? Ainda não sei o que esperar, mas desejo que seja um preparo a mais na inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais. Com certeza o nosso PA será concluido e desta vez com mais clareza para o seu fechamento. Acredito que as outras duas (linguagem e didática) vem trazer teorias que enriquecerão a minha prática. Enfim, que seja mais um semestre de trocas, de questionamento, de novos olhares sobre a educação permitindo novas reflexões. Para isso, é preciso continuar administrando o tempo para as atividades, para os fóruns, para os trabalhos em grupo, para as leituras...

terça-feira, 30 de junho de 2009

Mosaico


O mosaico



A cidade que cada membro da família nasceu
Logo que iniciou o semestre, eu registrei um comentário que gostaria que a disciplina de questões etnico-raciais pudesse me auxiliar, no trabalho que desenvolvo com ensino religioso. Relato abaixo como a atividade de mosaico se encontrou com o ensino religioso:

A atividade do mosaico foi desenvolvida com os alunos da quarta-série. Eu trabalho como regente dois e atendo esta turma uma vez por semana lecionando Ensino Religioso, esta aula tem a duração de duas horas. Sendo assim torna-se difícil fazer um trabalho mais integrado, pois muitas vezes não sei o que professor regente está desenvolvendo. Procurei fazer uma sequência dentro do meu trabalho, para que a atividade fosse mais significativa. Ao todo usei quatro aulas, correspondendo a um mês de trabalho. Primeiro estudamos a origem do povo hebreu. Depois os alunos ganharam um tema onde pesquisaram com a família de que cidade seus pais vieram e porque moram em São Leopoldo, desenhar a si mesmo, os irmãos e escrever em que cidade nasceram. Relataram as entrevistas e montamos um painel “De onde viemos”. Na segunda aula, solicitei para trazerem algum objeto ou foto que são importantes em sua família e explicassem porque. Poucos trouxeram mas valorizei ao máximo e perguntei aos outros o que eles consideram importante na família. Fizemos a relação das diferenças e que as religiões também diferem em crenças porque as origens são diferentes. Nesta aula ganharam outra pesquisa como tema, saber com a família sobre seus antepassados, sobrenomes, costumes herdados e com quem se parecem fisicamente. Também deveriam trazer figuras recortadas de pessoas que tivessem semelhanças físicas com seus familiares. Neste dia fizemos o mosaico e nos organizamos da seguinte forma: O mosaico ficou em forma de livro aberto. Metade da turma foi responsável por um lado e a outra metade pelo outro. Enquanto uma turma colava suas figuras a outra ficava na sala de informática pesquisando sobre o sobrenome de família. Para esta pesquisa na informática contei com a ajuda da minha colega Luciane Dutra, que auxiliou os alunos, enquanto eu permanecia na sala de aula. O tempo foi curto para uma exploração maior. Continuamos na aula da outra semana onde os alunos relataram o que registraram de descobertas dos sobrenomes. O que eu notei na realização das atividades: Os alunos sabem muito pouco sobre a história da sua família. Quando foi para falar de origem só três sabiam suas ascendências: uma alemã e duas italianas. Sabem muito pouco de costumes e ninguém falou em origens africanas e indígenas. Os próprios recortes, mostraram só um afro-descendente e um indígena, não sendo fiel as características reais da turma. Existe negação destas origens, como se elas não existissem. Conversei com a minha colega que leciona para o segundo ano e que também fez esta mesma atividade, ele fez a mesma observação, que no mosaico da turma dela prevalece imagens de pessoas de pele clara.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O Clube do Imperador

A tarefa de assistir ao filme "O Clube do Imperador", na disciplina de filosofia, nos premiou com este maravilhoso filme. É impossível a qualquer professor assisti-lo e ficar indiferente. A história mexe com os nossos sentimentos de ser professor. Envolve as questões éticas, pessoais e profissionais que rege o ofício de professor. O professor comete um erro moral ao classificar um aluno aumentando sua nota para que este chegasse a ser um dos três finalistas do concurso Senhor Júlio César. Este erro foi cometido em nome de um idealismo do professor que acreditou na mudança de caráter do aluno e quis com isso valorizá-lo pelos seus esforços, entretanto este aluno não era digno de tal premiação, pois colou durante o concurso. O professor embora omita a fraude, contorna a situação não deixando a aluno vencer o concurso, ao escolher a pergunta final. Fiquei pensando em que momentos da nossa vida de professor somos colocados diante de um dilema. A conclusão que cheguei que a pior hora é a avaliação final do aluno. Onde devemos aprová-lo ou reprová-lo.E nesta hora é preciso saber o que levar em consideração. O quanto aprendeu? O quanto progrediu? Se alcançou todos os objetivos? Se eu, como professor, o considero merecedor de seguir para a série seguinte? Qual efeito causará no aluno a aprovação ou a reprovação? Não é uma tarefa fácil. Existe muitos princípios éticos e morais envolvidoos. É um dilema que vivemos todo final de ano letivo.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

O que é ser índio?


Foi solicitado para que fizessemos um planejamento contemplando uma etnia. O mesmo deveria ter a duração de oito horas. Como a cada dia atendo uma turma diferente, assim que terminei os trabalhos referentes a Páscoa, fiz este planejamento pensando em aplicá-lo com os três quartos anos. Ou seja, nas duas semanas que seguiram após a Páscoa, eu iniciei este trabalho. Planejei da seguinte forma:

TEMÁTICA: QUEM SÃO OS ÍNDIOS?


Turma:
Alunos de quarto ano.

Justificativa:
Considerando que em relação aos povos indígenas existe muito preconceito, uma certa caricatura do que é ser índio e pouco reconhecimento de sua cultura estarei desenvolvendo um trabalho com meus alunos voltado a construir um conhecimento do que é e do que foi ser índio.


Objetivos:

Compreender o choque entre a cultura indígena e a européia,

Saber porque os nativos do Brasil ganharam o nome de índios,

Entender como aconteceu o domínio português sobre os índios,

Reconhecer que os indígenas tem uma grande diversidade cultural,

Conhecer uma lenda indígena,

Pesquisar como vivem os índios atualmente numa determinada aldeia,

Refletir como vivem os índios na cidade,

Ler uma poesia escrita por índios,

Estabelecer semelhanças e diferenças entre sua vida e de uma criança indígena.


Atividade Prática

Primeiro dia:

No primeiro momento os alunos estarão lendo um texto que escreverei no quadro. Este texto é somente para ler e imaginar que hoje a nossa cidade foi invadida por seres muito diferentes de nós eles se vestem diferente, falam outra língua, tem costumes religiosos muito estranhos e armas poderosas. Eles querem nos dominar e nós devemos falar a língua deles, usar os mesmos tipo de roupas e adotar a mesma religião. Depois da leitura individual e coletiva os alunos deverão escrever que saída eles encontrarão diante desta situação. Cada saída será anotada por mim para podermos discutir as soluções apontadas e as prováveis consequências. Questionar que invasão é essa. Fazer a relação da situação do texto com a chegada dos portugueses no Brasil. Questionar porque eles foram chamados de índios. Imaginar o espanto dos índios ao ver aquela gente chegando e a surpresa dos portugueses ao ver aquele povo bronzeado e sem roupas. Depois desta exploração os alunos responderão, que tipo de sentimento ele acha que o nosso índio teve ao ver sua terra invadida.No segundo momento faremos cartazes em grupo, relatando nossos costumes. Como acontece os casamentos, o que é servido na festa, que tipo de presentes se dá aos noivos. O que os meninos aprendem com seus pais. O que as meninas aprendem com sua mãe. Após comentários e exposição dos trabalhos, lerei o texto: “Aspectos da Cultura Indígena Brasileira”. Os alunos deverão fazer um exercício de completar, onde se dará o mesmo enfoque de casamento e ensinamentos só que na cultura indígena.



Segundo dia


No segundo dia faremos uma pesquisa no livro Madiha O cheiro da terra, onde é retratado o dia a dia do povo da aldeia. Faremos algumas cópias das imagens e os alunos criarão cartazes em grupo, podendo escrever frases ou desenhos de suas escolhas que tenha a ver com o assunto. Após o término desta atividade os alunos copiarão a poesia “ O Nosso Jeito de Ensinar é Assim”. Após a leitura e comentários farão um relato escrito das coisas que aprendem em casa com seus pais, irmãos, avós,etc.Este é o momento de escutar uma lenda indígena “Mundo Novo – o paraíso terrestre”. Deverão prestar muita atenção pois através desta lenda conhecerão um pouco da cultura indígena. Depois da lenda será feito a brincadeira da caixinha musical. Dentro da caixinha tem várias perguntas sobre a lenda, do que estudaram sobre os índios e surpresas, uma música toca, quando a música parar quem está com a caixinha escolhe uma pergunta e responde. Podemos separar em equipe, se for o desejo dos alunos. Então a caixinha circula uma vez em cada equipe. Para encerrar o nosso trabalho discutiremos oralmente sobre os indígenas que vivem nas cidades junto com os não índios.


REFERÊNCIAS
ANTUNES, Aracy do Rego; MENANDRO, Heloisa Fesch; PAGANELLI, Tomoko Iyda. Estudos Sociais: Teoria e Prática. Rio de Janeiro, ACCESS, 1999.

BANIWA – Gérsen dos Santos Luciano. “O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje”– Brasília, 2006.

ZWETSCH, Roberto E. Madiha. O Cheiro da terra.

Foi um trabalho intenso com as três turmas. Cada uma com as suas descobertas e curiosidades. Quando comecei a passar o texto no primeiro dia, muito pensaram que era uma invasão de extra terrestres. Os comentários foi que sentiram muita pena dos índios, pois já estavam ficando com medo da história. Outro fato curioso foi as imagens do livro Mandiha, ficaram muito surpresos, pois os índios usavam roupas.. O conto fez muito sucesso e gostaram muito da atividade de responder as perguntas na brincadeira com música.
As meninas me disseram que tanto as mães delas como as mães das índias ensinam quase a mesma coisa: a fazer o serviço de casa.


Acredito que com este trabalho, valorizamos a etnia indígena e
conhecemos um pouco de sua cultura, tirando o preconceito que ser índio é se pintar, dormir na rede e fazer uuuu.







quarta-feira, 29 de abril de 2009

Estágios de desenvolvimento

Estágios de desenvolvimento é assunto que ouvimos desde o tempo de magistério. Entretanto a cada abordagem, nova leitura e até retomada de antigas leituras, surge novos questionamentos. Desta vez, observei que a professora Tânia nos chamou muito a atenção para a idade e o estágio de desenvolvimento.A idade não é o melhor critério e sim as características que a criança apresenta para definir em que estágio ela se encontra.Tão importante quanto realizar os trabalhos e participar dos fóruns, é também ler as postagens dos colegas e as interferências da professsora, pois muitas vezes nos esclarece dúvidas. No fórum onde cada um escolheu um estágio para registrar suas observações dos alunos com os quais trabalhamos, eu participei no das operações concretas, pois é onde se encontra a maioria dos alunos que trabalho. Foi através da interferência da professora que pude dismitificar algo que eu assim como outros colegas tínhamos por certo. Na fase das operações concretas, usar o material concreto na aula de matemática, nada mais é do que manipulação de objetos, portanto é atividade sensório-motor. O que caracteriza esta fase é a capacidade de reversibilidade no pensamento. Este foi o meu novo olhar das já tão estudadas fases de desenvolvimento.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Nós por nós e pelos outros

Reflexão sobre o encontro presencial de Questões Étnico-Raciais
Gostaria de deixar registrado o quanto a aula presencial de Questões Étnico-Raciais foi gratificante. Antes de mais nada pela técnica, aparentemente simples: levar um espelho, se observar e registrar as marcas que vê, as nossas características físicas. Depois passar a fazer a mesma coisa com um colega. Finalmente trocar e comparar como a gente se vê e como os outros nos veem. Uma das colegas falou que ás vezes quando ganhamos elogios ficamos meio sem jeito, mas que também é gostoso. Foi uma aula bem descontraída além de nos levar a pensar sobre as características físicas que carregamos dos nossos antepassados. Espero que ao longo deste semestre esta disciplina nos traga maneiras de abordar a etnia na escola. Particularmente, estou trabalhando ensino religioso, com os quartos anos e penso que seria importante trazer este trabalho de etnia junto a estas turmas nas minhas aulas, já que pouco se trabalha sobre este assunto na escola.