segunda-feira, 26 de abril de 2010

Caça ao Tesouro

Levei minha turma ao pátio, dividi em dois grupos e entreguei uma mapa do tesouro para cada grupo. A partir do ponto de partida deveriam seguir as instruções para encontrar um tesouro que eu havia escondido.
Enquanto liam e procuravam as direções eu os observava para entender quais as diferentes noções de localização que dominavam. Na primeira instrução que era seguir em frente, até determinado ponto, não houve dificuldades, pois são relações de contínuo. A partir dali começavam as relações projetivas, usando o corpo como referência, dobrar a sua esquerda. Para alguns foi fácil, mas percebi que mais da metade tinha dúvidas. Seguindo mais adiante, havia uma indicação de contar passos a partir do banco verde em direção a saída e entrar na porta a esquerda. Ali existem duas portas e os alunos se dividiram, praticamente meio a meio. Acabou um chamando o outro e finalmente conseguiram encontrar o tesouro.
Percebi que os alunos, mais velhos ( tenho 5 com 11 anos), embora tenham mais dificuldade de leitura e escrita, tem melhor desenvolvido esta noção de localização e praticamente eles guiaram os outros. É importante considerar estes conhecimentos que eles trazem, pois senti auto-confiança da parte deles. Estas noções continuam sendo trabalhadas intensamente nas aulas de educação física, pois a partir do momento em que dominaram, direita e esquerda em relação uns dos outros é que mais tarde compreenderam as direções cardeais.

REFERÊNCIA

ANTUNES, Aracy do Rego. MENANDRO, Heloisa Fesch. TOMOKO, Iyda Paganelli. Estudos Sociais Teoria e Prática. ACCES, 1999.



segunda-feira, 19 de abril de 2010

Aula-passeio

Trabalhar com alunos de escola pública, requer uma determinada sensibilidade do educador, para que no desejo de tornar a aprendizagem mais significativa deixe de olhar a realidade que o cerca. Celéstin Freinet, pensava numa educação voltada para alunos de meios populares, com técnicas utilizadas por todos respeitando o desenvolvimento individual. As aulas-passeio tão utilizada por nós professores, é deste pedagogo. Enquanto realiza uma caminhada com meus alunos ao redor da escola para observarmos localização, pude notar a importância de utilizar este recurso simples, ao alcance de todos, mas que foi encarado com responsabilidade, motivação, além de permitir um contato com o meio da escola. Transformamos este passeio em estudo, depois colocamos os cartazes na escola como forma de comunicar o aprendizado.
REFERÊNCIA
SAMPAIO, Rosa Maria Whitaker Ferreira. Freinet: evolução histórica e atualidade. São Paulo: Scipione, s/d.

Respondendo a tutora

A tutora questiona o que a situação provoca em mim em relação a leitura e compreensão da minha prática depois de tanta apropriação teórica
Respondendo: As teorias me levam a refletir sobre a prática. Explicam porque esta ou aquela maneira de trabalhar com o aluno favorecem a determinadas áreas de conhecimentos (leitura, escrita, cálculos, socialização). Fico muito na posição de investigadora, dando um novo olhar as minhas práticas. Acertos e erros merecem atenção. O erro, principalmente é um indicador de que novas estratégias precisam ser usadas, aconteceu porque? Como a criança está pensando para chegar a uma determinada resposta? Que questionamentos é preciso fazer para que ela reconstrua a sua resposta?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Realidade escolar e Planejamento

Antes do início do estágio, nós do PEAD, fizemos uma pesquisa sobre os vários aspectos que envolve a turma com a qual iremos trabalhar. Além de conhecer um pouco dos alunos: idade, particularidades, nível sócio-econômico, relacionamento entre eles e com os professores, também pesquisamos o entorno da escola, a escola como instituição, seus recursos, a clientela que recebe, seu funcionamento, sua proposta pedagógica, seu regimento, horário de funcionamento, número de alunos atendidos, relação escola-comunidade, entre tantos outros itens. Não tive maiores dificuldades em realizar este trabalho, visto que faz dezoito anos que leciono na mesma comunidade escolar. Mas considero que é de fundamental importância este conhecimento prévio da realidade com a qual se trabalha, para poder então, pensar em estratégias de planejamento, pois um planejamento precisa adequar-se ao contexto, em que será aplicado.
Segundo Freire:"Não seriam poucos os exemplos que poderiam ser citados, de planos, de natureza política ou simplesmente docente, que falharam porque os seus realizadores partiram de uma visão pessoal da realidade."
REFERÊNCIA
FREIRE, Paulo. A dialogicidade - essência da educação como prática da liberdade. In___
Pedagogia do Oprimido. 40ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. p. 89-101.