terça-feira, 27 de novembro de 2007

Os Sonhos





Enquanto fazia as leituras de jogo, brinquedo, brincadeira e ludicidade2, me senti provocada com a pergunta de como no meu trabalho como professora, que movimentos fazia para fomentar a emergência dos sonhos dos meus alunos. Então o meu primeiro passo foi conhecer o que os meus alunos sonham. Estávamos trabalhando as plantas, a partir de uma gravura onde uma árvore vive no meio de um trânsito muito louco e ela sonha com um lugar de mato verde, lago e bichos, começamos a trabalhar os sonhos. Nesta primeira etapa eles diferenciaram o sonho de quando a gente dorme e o sonho, aquilo que a gente quer muito que aconteça. Nesta primeira etapa eles se limitaram a falar sobre o sonho desta árvore. Já foi possível perceber os sentimentos de alguns: otimismo, pessimismo, desejo de ajudar e assim por diante. Depois pensamos sobre os sonhos deles, em dois momentos: o que realizaram neste ano na segunda série e qual o maior sonho que tinham na vida. Uma das coisas que me chamou a atenção, é que meus alunos não são consumistas. Somente os que tem mais recursos finaceiros é que pensaram em coisas como celular, bicicleta e computador. No sonho que realizaram este ano, falaram muito que aprenderam a ler, que estudam entre amigos e que tem uma professora só para eles. Fiquei feliz pois sei que mais da metade desta turma passou por vários professores no ano passado, além de toda a dificuldade que tinham de convivência. No maior sonho, percebi precupações em estudar, alguns falaram em dirigir outros que queriam muito ter um quarto só seu. Mas acima de tudo percebi que com este trabalho quebrei muito as resistências de meus alunos de expor seus sentimentos e de escrever. A mãe de um aluno comentou que "Neste ano meu filho vem para a aula com vontade, no ano passado ele não gostava de vir". Através do que eles escreveram é que sinto que seus sonhos são fomentados em tudo aquilo que construimos

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

A hora do Show

Enquanto as meninas se apresentavam, a turma se empolgou e dançou junto.
Pensando em proporcinar momentos de descontração, criamos a hora do Show. O aluno que deseja participar deixa seu nome com a professora. As participações podem ser em grupo,dupla ou solo. Pode cantar, dançar ou mostrar qualquer outro talento artístico. É sempre nas sextas-feiras, o máximo é de 3 apresentações. Na primeira semana não deu, ficaram com vergonha e desistiram. Este do registro é o primeiro. Neste dia outra dupla dançou. Ao mesmo tempo, eles estão trazendo as músicas que escutam, e eu estou vendo a influência da mídia nas preferências das crianças. Depois do sucesso deste primeiro dia mais três grupos se inscreveram. O que percebi, foi que este tipo de atividade além de descontrair, está melhorando a autonomia , a organização e a integração entre eles. Pois eu não interfiro. As meninas da foto ensairam em casa de uma delas. A música tornou nossa aula mais alegre e harmoniosa.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Agregando conhecimentos adquiridos ao teatro


Após a primeira experiência com a cena do filme Sccoby, passei a elaborar o planejamento dos jogos de teatro a serem aplicados com meus alunos. Nestes jogos incluía a encenação do conto "O grande rabanete", nas cenas início,meio e fim. Para tanto, usando o que aprendi na contação de histórias, contei a história que se segue:
O vovô saiu para a horta e plantou um rabanete. O rabanete cresceu, cresceu e ficou grandão, grandão. O vovô qui arrancar o rabanete para comer no almoço. Então ele foi lá pra horta e começou a puxar o rabanete. Puxa-que-puxa e nada do rabanete sair da terra. Então o vovô chamou a vovó pra ajudar a puxar o rabanete. A vovó segurou no vovô, o vovô segurou no rabanete. Puxa-que-puxa e nada do rabanete sair da terra. Então o vovô chamou a neta pra ajudar a puxar o rabanete. A neta segurou na vó, a vó no vô, o vô no rabanete. Puxa-que-puxa e nada do rabanete sair da terra. Então a neta chamou o Totó pra ajudar a puxar o rabanete. E nada do rabanete sair da terra. Então o Totó chamou o gato pra ajudar a puxar o rabanete. O gato segurou no Totó, o Totó na neta, a neta na vó, a vó no vô, o vô no rabanete. E nada do rabanete sair da terra. Então o gato chamou o rato pra ajudar a puxar no rabanete. O rato segurou no gato, o gato no Totó, o Totó na neta, a neta na vó, a vó no vô, o vô no rabanete. E plop! Arrancaram o rabanete da terra!
-Eu sou o mais forte!-disse o rato. Então todos sentaram e juntos comeram o grande rabanete, que era tão grande que deu pra todos, e ainda sobrou um pouco pra minhoca que passava por ali.

Do livro O Grande Rabanete de Tatiana Belinsky e Leninha Lacerda - Editora Moderna

Esta história arrancou muitas risadas dos meus alunos. Prazer em ouvir, extremamente lúdico. Também foi possível fazer observações que aprendi nos elementos da narrativa. Personagens diferenciados: pessoas, animais e plantas. Situação inicial, complicação e desfecho final. Sem contar que a tiveram que ficar atento para memorizar a localização de todos os personagens.
Na cena final que mostro eles tiveram que pensar o que poderiam estar falando. Então disseram:
- Puxa-puxa.
* Foto publicada com a devida autorização dos pais.

Inventário Criativo



Agora que você já leu o que aprendi sobre teoria e prática de teatro aprecie as fotos. Esta foto foi na hora que brincamos de estátua. O local é a biblioteca da escola.
A estátua contribuiu muito para freio inibitório. Aquela paradinha necessária quando as coisas se agitaram.




sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Teatro semana de 21 a 27/10



A aula presencial foi demais. Acima de tudo desfez a minha idéia que teatro precisa ser aquela coisa certinha decorada. Na escola podemos improvisar . A linguagem do corpo é que deve falar.
Fiquei tão empolgada que queria ver como seria realizar a cena das fotos com meus alunos. Então na semana da criança eles pediram para ver o filme do Scooby, em vez de fazer trabalhos solicitei que recriassem uma cena do filme. Foi uma diversão só. Os alunos gostaram muito desta brincadeira. Aprecie pela foto.

O aluno-ator do cachorro está de quatro, e o colega está segurando-o por uma coleira. As cadeiras são as motos.
* Todos os alunos da foto estão devidamente autorizados pelos pais para divulgação em meus trabalhos.

Para saber sobre teoria e prática que aprendi clic no link abaixo:

https://www.ead.ufrgs.br/rooda/webfolio/abrirArquivo.php/Usuarios/16671/Disciplinas/3164/elsamartinsteatroinventariocriativo.doc

Jogo, brinquedo e brincadeira semana de 14 a 20/10

Muito enriquecedora as leituras diferenciando, brinquedo, jogo e brincadeira. Acima de tudo enfatizando que tudo aquilo que dá prazer ao brincante é essencialmente lúdico. E como lúdico, tudo o que é livre de pressões e avaliações, entregar-se a atividade despreocupadamente. Lembrei também durante o encontro presencial que a professora Tânia Fortuna falou que muitas vezes na escola ao proporcionarmos uma brincadeira sem objetivo pedagógico, carregamos uma culpa pois temos tantas coisas a fazer com os alunos. Mas pensando em proporcionar uma atividade que fosse esssencialmente lúdica, organizei para o mês de outubro, como atividade especial do mês da criança, uma manhã de atividades no brincando no SESI. É um grande espaço onde encontramos brinquedos tais como: cama elástica, piscina de bolinhas,castelinho inflável, touro mecânico entre outros. O número de participantes é controlado em cada dia, de forma a não lotar demais, além de contar com toda a estrutura do SESI. Apenas pedi que quem quisesse escrever sobre o que sentiu neste dia pegasse uma folhinha e colocasse de qualquer maneira. Estes depoimentos valem a pena ser lidos:
Frases das meninas:
"...Muito feliz gostei demais do toro e não queria mais sair de lá.
"...Lá no SESI foi muito legal fiz até uma amiga..."
"...professora brigado por esse passeio...."
"...tava muito show! "
"...me diverti muito.."
Frases dos meninos
"...bem legal. Não saía do toro..."
"...ninguém brigou todo mundo se uniu..."
"...eu me senti livre e não preso.."
Dizem que quem está numa atividade lúdica o sorriso no rosto é uma constante. Foi assim que vi meus alunos neste dia. Este tipo de atividade melhorou o relacionamento entre eles, principalmente entre os meninos. Pensando em criar momentos mais agradáveis e de amizade criamos a hora do Show. Estou juntando mais materiais para relatar como está funcionando.

Análise de imagens semana de 01 a 6/10












A imagem da esquerda mostra a escola atual. A cor forte predomina.

A imagem da direita mostra a escola antiga. Cores fracas e a tradicional casinha, estiveram presente na maioria dos desenhos.

Sobre a análise de imagens deixo o link abaixo para ver a atividade prática que realizei com meus alunos usando fotografias.

https://www.ead.ufrgs.br/rooda/webfolio/abrirArquivo.php/Usuarios/16671/Disciplinas/3144/elsamartinsartesvisuaistema3e4.doc

O ensino de artes - semana de 16 a 22/09


A primeira leitura de artes visuais, no bloco I falava sobre o ensino de artes visuais no Brasil. Mostrando as tendências dentro do ensino tradicional, da escola tecnicista da escola nova e finalmente sobre a proposta triangular, implantada a partir da década de 80. Isto me fez refletir bastante sobre o que é feito em matéria de arte na escola. Estamos ainda apegados as técnicas e a livre expressão. Então, resolvi inovar. Embora tenha uma outra professora, específica para artes. Primeiro conversei com os meus alunos para saber o que eles entendiam por arte e obra de arte. Percebi que alguns já tinham idéias mais definidas. Sai uma pergunta interessante: O que é obra-prima? Então de forma dialogada conversamos sobre a forma de deixar registros, num tempo que não existia máquina,filmadora, etc. e concluímos que a única maneira era pintando quadros. Mostrei livros com o quadro da Monalisa e depois na aula de informática eles tiveram que montar um quebra-cabeça com a imagem dela. Recentemente tínhamos visto o filme do Scooby e o meu desafio era que recriassem a Monalisa juntando a ela características de um dos personagens do filme. Cada produção tinha que ter um nome. O trabalho ficou muito interessante. Acima duas imagens criadas pelos alunos. A primeira, destaca bem os braços e a paisagem do fundo, nomeou como Mona Scubidu. A segunda imagem recebeu o nome de Mona Sauchicha. O rosto da Monalisa, recebeu o corpo do Salsicha. Passados alguns dias desta atividade saiu no jornal Sininho, uma reportagem sobre Leonardo da Vinci, falando de sua vida e da obra Monalisa. Um aluno levou este jornal para a sala e fez o seguinte comentário:"Olha só professora, encontrei aquele quadro daquela mulher que nós desenhamos." Eu me senti realizada, fui percebendo as mudanças de meus alunos e o interesse com o qual queriam saber o que estava escrito no jornal. Eu mesmo estou entendendo melhor o que é uma proposta triangular, a partir do momento que estimulei o contato dos alunos com a arte.