Logo que comecei a trabalhar com meus alunos senti que eles tinham determinada aversão a leitura, principalmente se fosse cópia passada no quadro. Mas notei que os livrinhos do meu acervo pessoal faziam muito sucesso. Jornal Sininho, que uso muito, também demonstrou uma fonte interessante de leitura. Comecei a reservar momentos especiais para a leitura, não como uma atividade quando sobra um tempinho, mas como atividade principal. Um dia só folheamos jornal, aprendendo a conhecer as muitas partes que ele tem: notícias, tempo, classificados, horoscópo...
Outro dia lemos só poesias, e até arriscaram a fazer algumas rimas. Textos sempre variados: conto, poesia, lenda... e aos poucos fui percebendo que eles tornaram-se leitores. Só me dei conta quando resolvi fazer um texto sequenciado esta semana intitulado "A grande novidade". Seriam três dias de trabalho: no primeiro eles copiariam dois parágrafos, no segundo dia seria contado por mim e última parte, receberiam em folha xerocada. Não deu para ser assim. A curiosidade foi tanta que no primeiro dia, eles copiaram e pediram que por favor eu contasse o que era a novidade. Contei a segunda parte, a curiosidade continuou, mas agora teriam que esperar a próxima aula para saber o fim. Quando chegou a aula de sexta, fui logo cobrada se havia trazido o fim da história. Disse que sim e senti a avidez com que "devoraram" a parte final do texto. Comentei que passei na biblioteca e que estava deixando alguns livrinhos com poesias de Elias José, autor do texto, no fundo da sala, quem desejasse estava á disposição. E os livrinhos circularam a aula toda, entre uma atividade e outra.
A leitura deixou de ser algo sem sentido, tornou-se desafiadora e interessante, um caminho para conquistar a autonomia.
Revista Eletrônica de Educação. Ano II, No. 03, ago./dez. 2008.
Outro dia lemos só poesias, e até arriscaram a fazer algumas rimas. Textos sempre variados: conto, poesia, lenda... e aos poucos fui percebendo que eles tornaram-se leitores. Só me dei conta quando resolvi fazer um texto sequenciado esta semana intitulado "A grande novidade". Seriam três dias de trabalho: no primeiro eles copiariam dois parágrafos, no segundo dia seria contado por mim e última parte, receberiam em folha xerocada. Não deu para ser assim. A curiosidade foi tanta que no primeiro dia, eles copiaram e pediram que por favor eu contasse o que era a novidade. Contei a segunda parte, a curiosidade continuou, mas agora teriam que esperar a próxima aula para saber o fim. Quando chegou a aula de sexta, fui logo cobrada se havia trazido o fim da história. Disse que sim e senti a avidez com que "devoraram" a parte final do texto. Comentei que passei na biblioteca e que estava deixando alguns livrinhos com poesias de Elias José, autor do texto, no fundo da sala, quem desejasse estava á disposição. E os livrinhos circularam a aula toda, entre uma atividade e outra.
A leitura deixou de ser algo sem sentido, tornou-se desafiadora e interessante, um caminho para conquistar a autonomia.
REFERÊNCIA
MELENDES, Maria Fernanda; SILVA, Rovilson José. A Formação de Leitor no Ensino Fundamental: Os Parâmetros Curriculares Nacionais e o Cotidiano das Escolas.Revista Eletrônica de Educação. Ano II, No. 03, ago./dez. 2008.
Um comentário:
E mais que um desafio, tornou-se parte da vida escolar e fora dela também em cada um dos aprendizes da tua turma. Mais uma vez é visível o que a continuidade da nossa formação qualifica teu trabalho e evidencia tuas habilidades de orientar e enaltecer o currículo e o ato de aprender a aprender! É possível captar , perceber as mudança de paradigmas? A Elza deixa de ser a professora e passa a ser a Orientadora de aprendizagens. O ensinar passa a ser aprender a aprender e teus alunos encaram os estudos como inerente a qualidade de vida deles.
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