Enquanto fazia as leituras de jogo, brinquedo, brincadeira e ludicidade2, me senti provocada com a pergunta de como no meu trabalho como professora, que movimentos fazia para fomentar a emergência dos sonhos dos meus alunos. Então o meu primeiro passo foi conhecer o que os meus alunos sonham. Estávamos trabalhando as plantas, a partir de uma gravura onde uma árvore vive no meio de um trânsito muito louco e ela sonha com um lugar de mato verde, lago e bichos, começamos a trabalhar os sonhos. Nesta primeira etapa eles diferenciaram o sonho de quando a gente dorme e o sonho, aquilo que a gente quer muito que aconteça. Nesta primeira etapa eles se limitaram a falar sobre o sonho desta árvore. Já foi possível perceber os sentimentos de alguns: otimismo, pessimismo, desejo de ajudar e assim por diante. Depois pensamos sobre os sonhos deles, em dois momentos: o que realizaram neste ano na segunda série e qual o maior sonho que tinham na vida. Uma das coisas que me chamou a atenção, é que meus alunos não são consumistas. Somente os que tem mais recursos finaceiros é que pensaram em coisas como celular, bicicleta e computador. No sonho que realizaram este ano, falaram muito que aprenderam a ler, que estudam entre amigos e que tem uma professora só para eles. Fiquei feliz pois sei que mais da metade desta turma passou por vários professores no ano passado, além de toda a dificuldade que tinham de convivência. No maior sonho, percebi precupações em estudar, alguns falaram em dirigir outros que queriam muito ter um quarto só seu. Mas acima de tudo percebi que com este trabalho quebrei muito as resistências de meus alunos de expor seus sentimentos e de escrever. A mãe de um aluno comentou que "Neste ano meu filho vem para a aula com vontade, no ano passado ele não gostava de vir". Através do que eles escreveram é que sinto que seus sonhos são fomentados em tudo aquilo que construimos
terça-feira, 27 de novembro de 2007
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