No ínicio do semestre escrevi que não sabia o que esperar da interdisciplina de Libras, mas que esperava que fosse um preparo a mais para trabalhar com os alunos com necessidades educacionais especiais. Também fiquei um pouco preocupada pois achei que seria muito cobrado o alfabeto manual. Entretanto, esta disciplina trouxe muitos esclarecimentos sobre o que é ser surdo, comunidade surda e a forma como o sujeito surdo percebe o mundo. E nós como professores e ouvintes precisamos ter isso bem claro para saber como se comunicar com uma pessoa surda. O contato visual é tudo para uma pessoas surda, portanto a forma de se comunicar é chamar a atenção visual, pode ser com uma batida no braço, olhar nos olhos, gesticular, escrever, desenhar e mostrar expressões faciais e corporais. Compreendi também porque não existe uma língua universal de sinais, já que a língua é viva e existem expressões típicas de cada lugar. Com o filme "Seu nome é Jonas", mostrando a dificuldade de uma criança surda de se adaptar na família, na escola e na sociedade, me senti muito sensibilizada em relação a maneira do sujeito surdo compreender o mundo e a falta de compreensão das pessoas que querem que se comportem como ouvintes para serem aceitos.
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Um comentário:
Olá Elsa,
Infelizmente ainda persite a idéia, para algumas pessoas, de que todos temos que nos compartar da mesma maneira, independente das nossas características e necessidades específicas. Na verdade é uma das formas de preconceito contra os sujeitos. É bom saber que voce está mais tranquila com a interdisciplina de Libras, e que está construíndo seu aprendizado. Suas evidências partem das leituras e vivências ou apenas vivências? Existe algum autor que você poderia relacionar com a sua reflexão?
Um beijo
Márcia Caetano
Tutora
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